Os núcleos e associações de estudantes de curso são (ou deveriam ser) um dos pilares fundamentais de cada licenciatura/mestrado.
Para além do que a Universidade por si só proporciona, os núcleos oferecem atividades complementares à licenciatura. Proporcionam eventos, workshops, conferências, divulgação de assuntos de relevância para o curso, etc. É uma associação feita por alunos para alunos, o que faz com que os núcleos sejam ainda melhores. Os alunos percebem e sentem as necessidades dos outros, o que implica que se empenhem ainda mais e tentem proporcionar o melhor aos estudantes do seu curso.
A inexistência do apoio dos núcleos faz-se sentir no percurso académico dos estudantes. Assim, e visto que o meu curso não tem núcleo, foi perfeitamente natural que os estudantes procedessem à criação de um Núcleo de Estudantes de Línguas Aplicadas. Esta tentativa de criação do Núcleo já ocorre há vários anos, no entanto todas essas tentativas foram fracassadas devido aos procedimentos da AAUM e à falta de respostas.
Visto ter uma opinião formada sobre os núcleos e a sua importância no percurso académico dos estudantes, achei que como não era assim tão complicado quanto isso criar um, eu mesmo comecei os processos de criação deste núcleo. No entanto, para poder criar um núcleo é preciso passar por uma infinidade de burocracia.
Por experiência própria, considero que seja um processo demasiado doloroso e prolongado para o que devia ser, com algumas culpas para o apoio da AAUM. Para iniciar os processos de criação do Núcleo de Estudantes de Línguas Aplicadas, dirigi-me naquela altura aos representantes da Associação Académica da Universidade do Minho para os núcleos. O que obtive foi uma incrível falta de resposta e por vezes até desinteresse. Isto tudo leva a que seja difícil que tudo corra com tranquilidade e que o núcleo seja realmente criado.
Para que os núcleos sejam uma realidade em todos os cursos é necessário um apoio mais eficaz e consistente por parte do Gabinete de Apoio aos Núcleos, tal como uma otimização dos vários passos a seguir aquando da criação dos mesmos.
Uma solução para este problema seria o rápido agendamento de uma ou várias reuniões entre os responsáveis da Associação Académica e os intendentes à criação do núcleo. Embora este seja o procedimento ‘normal’ em teoria, carece de uso.
A ideia de uma universidade com uma representação de estudantes em cada curso através dos respetivos núcleos ou associações, no entanto, talvez seja uma utopia, devido a estes problemas iniciais na criação, mas também em virtude das adversidades encontradas em manter os núcleos saudáveis ano após ano.
De notar que estas dificuldades sentidas na criação do núcleo ocorreram com administrações anteriores da Associação Académica e não com a atual.