Nuno Reis afirma que o cartaz garante a "transversalidade" musical pretendida. O tema "A Gata quer casa" faz referência à falta de capacidade das atuais residências universitárias.
São aproximadamente menos cem mil euros e isso “teve impacto na construção do cartaz”. Foram estas as palavras de Nuno Reis, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), no final da conferência de imprensa em que foi apresentado o cartaz do Enterro da Gata deste ano, acrescentando que o corte foi “global”, não devendo afetar o preço das bebidas.
O presidente da estrutura associativa minhota afirmou, em declarações ao ComUM, que “o cartaz construído vai ao encontro dos vários gostos e estilos musicais e, por isso, garante a transversalidade que pretendemos ter no cartaz do Enterro da Gata”. Isto apesar do corte de cem mil euros no orçamento que, por ter sido feito “um pouco de forma global”, “teve impacto na construção do cartaz”.
Questionado sobre se a queda no valor orçamentado para as Monumentais Festas do Enterro da Gata fará com que o preço de venda das bebidas suba como forma de compensação das contas, Reis garante serem “dois assuntos que não estão diretamente relacionados”. No entanto admite que os preços, ainda por divulgar, poderão ter em conta “algumas alterações associadas ao aumento de impostos e à recente taxa sobre o açúcar”.
Alojamento de estudantes em destaque no tema de 2018
Na edição de 2018, “A Gata quer casa”. Para a AAUM, o tema deste ano está “diretamente relacionado com o alojamento estudantil”, e critica a falta de apoio e os problemas em torno do investimento em ação social e alojamento de estudantes, especialmente devido a atrasos neste investimento. O representante dos estudantes espera que este tema “possa consciencializar” as entidades, apressando os apoios às residências dos estudantes e às rendas que os estudantes minhotos pagam.
Durante a semana do Enterro da Gata, caixas de cartão com mensagens que estavam expostas à frente do Espaço AAUM vão ser espalhadas pela universidade. O objetivo, segundo Nuno Reis, “é que isto cause algum impacto e que ajude na consciencialização aos estudantes para que, apesar de sentirem estes problemas, saibam que existe uma associação académica que está a trabalhar nestes problemas e que quer resolvê-los.
Este tema também está ligado ao problema da sede da AAUM – um problema que tem vindo a ser criticado há bastante tempo, inclusive na última tomada de posse da ARCUM (Associação Recreativa e Cultural da Universidade do Minho). A nova sede foi pela primeira vez prometida em 2002, quando Vasco Leão era presidente da associação académica minhota.
O cartaz da edição de 2018 do Enterro da Gata foi apresentado esta quarta-feira ao final da tarde. Nele destacam-se as confirmações de Agir e The Legendary Tigerman, assim como a noite de domingo, que é totalmente dedicada aos grupos culturais – seguindo o modelo experimentado na Receção ao Caloiro de 2017.
Declarações recolhidas por Hélio Carvalho