Joana Gama e Luis Fernandes estrearam o álbum “At the still point of the turning world” na sala principal do Theatro Crico.
Joana Gama e Luís Fernandes levaram meia plateia ao Theatro Circo para estrearem o álbum em que cruza piano e eletrónica. Com o álbum “At the still point of the turning world”, trouxeram aos bracarenses a simbiose do seu trabalho com o Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga.
O projeto estreou o ano passado em Guimarães, partiu de um desafio que o festival Westway Lab lançou aos músicos Joana Gama e Luís Fernandes. “O diretor artístico, Rui Torrinha, convidou-nos para fazer um projeto piano eletrónica com a orquestra de Guimarães”, conta ao ComUM Joana Gama, pianista deste projeto. A artista afirma que aquele foi o “ponto de partida”.
O espetáculo contou com Joana Gama no piano e Luís Fernandes na parte eletrónica. A direção, orquestração e arranjos ficaram ao encargo de José Alberto Gomes. O desenho de som foi atribuído a Suse Ribeiro e o de luz a Fred Rompante. O ensemble que acompanhou este álbum contou com: Pedro Costa, Hugo Ribeiro, Mariana Afonso, André Ferreira, Gonçalo Gonçalves, Diana Antunes, Ana Filipa Santos, Francisco Carneiro, Joana Machado, Teresa Ferreira, Andreia Marques, Gonçalo Lopes, Ana Sousa e Bruno Pereira.
“Partimos sempre de improvisações que futuramente enviávamos para o José Alberto Gomes, que compunha as partituras para a orquestra”, continua a pianista falando do trabalho que tem desenvolvido com o músico Luís Fernandes.
Foi com uma contraluz do lado direito e o pano aberto que o ensemble entrou em palco. Após os aplausos entraram os protagonistas do espetáculo, juntamente com José Alberto Gomes. O espetáculo começou com pequenas notas do piano que ecoaram pela sala. Os momentos tensos de música são combinados com um jogo de luzes.
A performance contou com momentos de silêncio e perspetivas peculiares de instrumentos comuns. O espetáculo de lançamento do álbum levou à cidade de Braga músicas como “Lucid Stillness”, “Perpetual Possibility”, “Other Ecoes” entre outras músicas do novo álbum.
“É uma boa maneira de termos contacto com um mundo da música mais contemporâneo e experimental enquanto estamos a estudar num conservatório”, declara Francisco Carneiro, de 18 anos, violonista principal do ensemble.
Na mesma linha de pensamentos do estudante do conservatório, Manuel Carvalho, de 24 anos, acredita que este projeto “para além de muito interessante, é uma oportunidade incrível para estes estudantes”.
O disco foi lançado pela editora australiana Room40, o nome deste álbum é um verso do poema “Burnt Norton”, de Thomas Stearns Eliot. É com este projeto, que começou em 2017, que Joana Gama e Luis Fernandes pretendem amplificar e “tirar da zona de conforto” a música clássica.