Quatro dias de XXVIII FITU Bracara Avgvusta culminaram ontem no Theatro Circo. O festival internacional de tunas ocupou Braga desde quarta-feira, e a Tuna Universitária do Minho (TUM) fechou em grande mais um edição do evento.

A última noite do XXVIII FITU Bracara Avgvsta decorreu este sábado, sempre com grande animação. Com várias surpresas ao longo do espetáculo, o Theatro Circo esteve esgotado para receber a cair da cortina de mais uma noite de boémia.

FITU Bracara Avgvsta

Sara Cunha/ComUM

Ritmo, gargalhadas e muita interação entre as tunas e a plateia marcaram o último dia do festival. Com esperança de assistir a um espetáculo “divertido, animado e cheio de alegria”, Bruna Gomes, uma espectadora “estreante” no FITU, esperava o que realmente pôde encontrar.

(Pode ler sobre o primeiro dia do FITU Bracara Avgvsta aqui)

Apresentaram-se em palco mais três tunas a concurso. Pela segunda vez no festival, a Desertuna, tuna da Universidade da Beira Interior, deu ao público ritmo, rosas e dança, com o seu instrumental a lembrar o tango. Do centro do país, quem também marcou presença foi a anTUNIA, Tuna de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

Tal como aconteceu na noite de sexta, também ontem uma tuna estrangeira esteve presente no festival: a Tuna Empresariales de Barcelona. Com menos elementos do que estamos habituados a ver nas tunas portuguesas, animação nunca faltou. Para surpresa do público, esta tuna começou a sua atuação pelo genérico da série “Game of Thrones”. A Tuna Universitária do Minho (TUM) voltou também a ser presenteada, com a tuna espanhola a trazer um brandy de Barcelona.

Quem abriu a segunda noite foi uma das tunas afilhadas da TUM, a Afonsina. A extraconcurso, a tuna intercalou a sua atuação com pequenas peças teatrais levadas a cabo pelos tunos. Para finalizar o espetáculo, os “vermelhinhos” da TUM entraram em palco e fizeram uma performance completa: tocaram uma serenata, um solo, o seu emblemático instrumental, “Partizan”, e o hino da tuna, “Boémia”. Para além, disso, tocaram também com Tiago Nacarato, músico que teve uma participação especial no festival, a música “Porto Sentido”, de Rui Veloso.

FITU Bracara Avgvsta

Sara Cunha/ComUM

No final da noite, houve a habitual entrega de prémios. O prémio de melhor pandeireta foi entregue aos Tunídeos, o de melhor estandarte ficou com a Tuna de Medicina do Porto, e o prémio de melhor solista foi para a TAFDUP (Tuna Académica da Faculdade de Direito do Porto). A Desertuna ficou com os prémios de melhor instrumental e de terceira melhor tuna, a anTUNIA foi a segunda melhor tuna e o Grande Prémio FITU Bracara Avgvsta foi entregue à Tuna de Medicina do Porto.

Apesar das condições climatéricas não terem ajudado à festa e não ter sido possível ser feito o habitual “Passacalles” no sábado à tarde, o prémio foi entregue na mesma e foi a Tuna Universitária de Maastrich, da Holanda, quem o recebeu.

Entre as atuações, a animação esteve também assegurada, com os Jogralhos, o grupo de jograis da Universidade do Minho, a marcarem novamente presença, desta vez com “cantares alentejanos”, e com momentos de “mostra de instrumentos” por parte de tunos da TUM. Antes do intervalo, ainda houve tempo para se sortearem as rifas e depois da pausa, Tiago Nacarato abriu a segunda parte, cantando músicas que irão compor o seu próximo disco. Analisando a edição deste ano, Sofia Sepúlveda, uma espectadora com algumas presenças no festival, fala que o facto de haverem tunas internacionais “tornou o espetáculo bastante melhor”. “Gostei muito!”, afirma ainda entusiasticamente.

Chega, assim, ao fim mais uma edição do FITU, festival que é já um marco na comunidade académica. Depois da animação e da diversidade sonora que as várias tunas trouxeram à cidade estes dias, resta aguardar pelas surpresas do próximo ano e esperar que a chuva não volte a estragar os planos.