A noite foi feita de espetáculo e aplausos. Entre gargalhadas, lágrimas, e muita música, ficaram os parabéns por 25 anos de Tun’Obebes, no regresso do XI Serenatas ao Berço.

A última noite do XI Serenatas ao Berço decorreu ontem no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães. Depois de uma noite de serenatas na sexta-feira, a cidade berço acolheu várias tunas femininas numa noite cheia de diversão e música portuguesa. O festival organizado pela Tun’Obebes, a tuna feminina de engenharia da Universidade do Minho, encerrou assim em festa, para comemorar os 25 anos da primeira tuna feminina no Minho.

xi serenatas ao berço

Hélio Carvalho/ComUM

A sala estava escura, mas logo se encheu de cor de tijolo, cor característica da Tun’Obebes, para dar início ao concurso de tunas académicas femininas. A primeira atuação juntou ainda o azul e branco em palco. Foi uma “parceria entre a Tun’Obebes e a vizinha Afonsina”, e contou com a interpretação da música “Capas Negras”, o primeiro original da Tuna de Feminina de Engenharia da Universidade do Minho.

A primeira tuna a concurso foi a C’a Tuna Aos Saltos, Tuna Médica Feminina da Universidade da Beira Interior. “É um prazer enorme vir da cidade neve para a cidade berço”, disseram. A primeira mºusica foi uma versão acapela de “Estrigadeira”. No ar, dançavam as fitas amarelas e pretas das pandeiretas. Depois de músicas calmas, foi tempo de “ritmos mais quentes de uma cidade fria”.

A Tuna Feminina do IPCA (TFIPCA) iniciou a sua atuação com a música “Barcelos”, em homenagem à sua cidade, seguindo-se temas de Zeca Afonso e Ana Moura.

Como a segunda tuna extraconcurso, além da Afonsina, esteve em palco a Tuna Universitária do Minho (TUM). O vermelho invadiu o palco e fez-se ouvir o original “Terras de Portugal”, incentivado pelas diferentes cidades presentes no festival. Entre músicas, houve tempo ainda de lançar piadas e interagir com o público.

Seguiu-se a EST’es La Tuna Feminina, da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, com um instrumental acompanhado de dança. “Rosa Fogo” e “Valsa da Noite” foram alguns dos temas interpretados pela tuna.

Évora foi a última cidade a estar representada no palco de Guimarães. “As alentejanas vieram alegrar a vossa noite e aquecer os vossos corações”, disse uma tunante da Tuna Académica Feminina da Universidade de Évora (TAFUÉ). Começaram a atuação com um medley, e terminaram-na com uma música “que fala da nossa cidade, da cidade onde crescemos”, a “Balada da TAFUÉ”.

A última atuação da noite ficou a cargo da tuna anfitriã, e aniversariantes, a Tun’Obebes. Em palco, várias tunantes de outras gerações marcaram presença. “A essência de há 25 anos é e será sempre a mesma”, disse a apresentadora da tuna. Com o festival de volta, depois da sua ausência em 2017, foi ainda tempo de estrear um novo original, o “Menino d’Oiro”.

(Pode consultar a reportagem sobre a Tun’Obebes aqui)

Quanto aos prémios, a C’a Tuna Aos Saltos levou para casa quatro prémios (melhor pandeireta, melhor porta-estandarte, melhor instrumental e melhor tuna). Seguiu-se a TAFUÉ com melhor serenata e melhor solista e, por fim, o prémio de melhor original foi para a EST’es La Tuna Feminina.

A apresentação do festival ficou a cargo da Opum Dei, padrinhos da Tun’Obebes, que arrancou muitas gargalhadas do público.

Em palco ficaram os confetis, as rosas, e a alegria de uma tuna que canta os parabéns a 25 anos de existência. A Tun’Obebes celebrou assim mais um aniversário, e já prometeu que estará de volta, em 2019, para mais serenatas ao berço.