O ex-jogador de futebol apresentou este sábado o livro "A Finta de uma Vida". A Cidade Desportiva do SC Braga acolheu o evento.

Se muitos consideram que a vida de um jogador de futebol é um “mar de rosas”, Diogo Melo desmistifica esse pensamento. Depois de uma carreira com passagens pelas camadas jovens de clubes como Sporting CP, SC Braga, Boavista e Académica, o agora empresário de 23 anos relata a sua experiência e explica o motivo que o levou a apostar nos estudos em detrimento do desporto rei no livro “A Finta de um Vida”.

A Cidade Desportiva do SC Braga, no âmbito da Cidade Europeia do Desporto, recebeu na tarde deste sábado a apresentação da obra de Diogo Melo. Com um painel composto por várias figuras do futebol português, a cerimónia iniciou-se com a atuação da Augustuna – Tuna Académica da Universidade do Minho.

Sofia Summavielle/ComUM

Com Luís Ricardo, antigo treinador da formação dos Gverreiros do Minho, como moderador, coube a Reko Silva, atual jogador do Gil Vicente, o “pontapé de saída” do evento. Colega de equipa de Diogo Melo no Sporting CP e no SC Braga, o médio assumiu que não é fácil lidar com a rejeição no futebol, mas que a sua passagem por ambos os clubes foi bastante positiva.

Depois de Nuno Valente, atleta do Arouca, destacar a importância dos pais no processo de maturação dos jovens jogadores – tanto como futebolistas como cidadãos em geral –, João Tomás, ex-internacional português, relatou algumas das situações que experienciou ao longo da sua longa carreira.

Dando ênfase à “sorte” que é preciso ter no enquadramento que se encontra quando se muda de clube, o atual diretor desportivo do FC Famalicão confidenciou que quem mais sofre com as constantes mudanças de clube são os familiares dos jogadores.

Sofia Summavielle/ComUM

A apresentação do livro continuou com as declarações de Tiago Almendra e de Tiago Sá. Enquanto o agora médico defendeu que o futebol foi fundamental no sentido de começar a perceber como surgem algumas lesões – aspeto importante na sua atividade profissional –, o guarda-redes do SC Braga optou por salientar que teve de se “tornar homem” um pouco mais cedo que os rapazes da sua idade devido a exigência deste desporto.

Sofia Summavielle/ComUM

O último convidado a dar o seu testemunho foi Abel Ferreira. O técnico do SC Braga elogiou Diogo Melo pelo livro, defendendo que a sua situação “não é um caso de gestão de fracasso, mas sim um caso de gestão de sucesso”.

Assumindo que a carreira de um jogador é quase uma viagem de avião – começa em baixo, vai subindo, fica algum tempo no topo e depois acaba por entrar em declínio –, Abel afirmou que “ter uma licenciatura sempre foi um objetivo”. Destacou ainda o facto de o autor do livro ter feito do fracasso o seu sucesso e conclui a sua intervenção referindo que “o futebol é uma escola da vida”.

Sofia Summavielle/ComUM

Por fim, Diogo Melo falou um pouco do seu percurso. Defendendo que este desporto lhe deu aspetos como a postura e que é importante ter sempre uma estratégia muito bem definida, o jovem rematou dizendo que coloca as suas mãos no fogo em que como “ninguém tem mais inteligência emocional do que um jogador de futebol”.