O despacho sobre a nova prova de acesso à especialidade em Medicina foi publicada esta sexta-feira em Diário da República.

A Ordem dos Médicos chegou a acordo com as Escolas Médicas e com o Ministério da Saúde e ficou estabelecido que, a partir de 2019, será abolida a prova dos médicos conhecida como Harrison e entrará em vigor uma nova prova de acesso à especialidade. Os objetivos da restruturação passam por tornar mais equitativa a avaliação dos conhecimentos dos candidatos e influenciar positivamente a forma como é feito o ensino médico em Portugal. A prova terá 150 perguntas e é inspirada no “National Board” dos Estados Unidos.

A nova Prova Nacional de Acesso à Formação Especializada terá um custo de 90 euros e apenas estão isentos do pagamento os alunos que beneficiam de bolsa de estudo no último ano do curso.

Todos os alunos que não beneficiem de bolsa de estudo terão que pagar o valor definido, que será cobrado pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), sendo depois transferido para o Gabinete da Prova Nacional de Acesso (GPNC), que ficará encarregue da organização e correção das provas.

Para a Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) os custos da prova não fazem sentido e reclamam a obrigação do estado em comparticipar o exame. “Este valor foi pensado com base nos custos que implementação da prova terá, mas isso para nós não tem relevância”, afirma ao jornal  Público o presidente da associação Edgar Simões. No entanto, e mesmo contra o pagamento a ANEM é a favor da mudança da prova. Segundo Edgar Simões “os estudantes de Medicina são contra o atual modelo” de prova e por isso devem ficar agradados com a mudança.