O festival organizado pela TMUM, o único de tunas mistas na UMinho, saiu do Theatro Circo e passou para o palco do auditório do recém-remodelado Fórum Braga.

O Fórum de Braga acolheu no passado sábado o V Momentmum, o festival de tunas mistas, organizado pela TMUM, Tuna de Medicina da Universidade do Minho. O festival, dos poucos que tem um tema para cada edição, tinha este ano temática “Irish” (Irlandês). Podia-se esperar, durante a noite, ecos de músicas irlandesas num auditório pintado a verde, laranja e branco.

momentmum

Sofia Vieira/ComUM

Passavam já 30 minutos da hora marcada quando o V Momentmum começou. No palco do auditório do Fórum de Braga, a decoração transportava-nos para os típicos “pubs” irlandeses: um balcão de bar, uma máquina de tirar cerveja e um manequim que ostentava uma barba laranja, estereotipando os habitantes da Irlanda… Era este o pano de fundo para as tunas que iriam atuar.

(Pode ler a reportagem sobre a TMUM aqui)

O pontapé de saída do festival ficou ao cargo dos apresentadores, a dupla Gato Vadio, que brincou com o facto de a Irlanda não marcar presença no mundial de futebol este ano, mas que, ainda assim, conseguiu ser tema de festival.

A primeira tuna a subir a palco foi a Desconcertuna. A Tuna Mista da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, trouxe a alma coimbrã para a sua atuação onde a temática da saudade, tão associada à cidade dos estudantes, não foi esquecida.

Seguiu-se a TAOD (Tuna Académica de Oliveira do Douro), que abriu a sua atuação com um tema que abordava o desemprego no “país dos licenciados”. Ao abandonarem o palco, fizeram entoar pelo auditório sons alegóricos da Irlanda, mas antes ouviu-se uma música bem portuguesa, a “Desfolhada” de Simone de Oliveira.

O festival continuou com a ArquitecTuna, vindos da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa. A ArquitecTuna brindou os presentes com um breve instrumental, que dava o mote à aventura que estavam prestes a iniciar, com a sua atuação por terras de verde e prata.

Antes do intervalo, foi tempo de o público ficar a conhecer a iniciativa “Porta Nova”, um projeto de voluntariado da Escola de Medicina da Universidade do Minho. O projeto tem como objetivo sensibilizar os alunos da mesma para o voluntariado internacional, sendo que este ano o “Porta Nova” levará os alunos para a Guiné-Bissau, Moçambique e Angola.

De regresso ao espetáculo, a TMISCAC (Tuna Mista do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra), voltou a fazer referência à cidade dos estudantes. Segundo os elementos da tuna, “é mãe quando nos acolhe, e madrasta quando nos despedimos dela” e, com esta ideia presente interpretaram “Adeus que me vou embora”.

Depois de todas as tunas a concurso terem atuado, foi a vez da tuna organizadora. O primeiro tema por estes interpretado foi o original “Alvorada”, seguindo-se o instrumental, também ele um original da TMUM, “Forastero”.

A noite ia já longa, quando se ficou a conhecer os vencedores dos prémios. A TAOD arrecadou os prémios de Melhor Tuna, Tuna mais Público e Tuna mais “irish”. Os prémios de melhor pandeireta e melhor instrumental foram atribuídos à Desconcertuna. Para Lisboa, foram os prémios de Melhor Solista e Estandartem, ganhos pela ArquitecTuna. A TMISCAC levou para Coimbra o prémio de Tuna mais tuna.