Duarte Rodrigues, representante dos estudantes de Enfermagem da UMinho, considera que "assim" é "impossível aprender" e aponta as infraestruturas como uma solução para os problemas do curso.
O presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Enfermagem Calouste Gulbenkian (AEESECG) considera que o aumento de cinco vagas no curso de Enfermagem da Universidade do Minho é “uma atitude bastante negativa” por parte da reitoria e que vai “piorar a situação” das condições do curso.
Em declarações ao ComUM, Duarte Rodrigues, presidente da AEESECG, disse que “assim torna-se impossível aprender”. “Apesar de serem cinco vagas, são cinco vagas este ano, e no próximo, e no próximo, e para um curso de quatro anos, que nem espaço físico para uma escola tem, torna-se impossível aprender”.
A passagem de 80 para 85 vagas para novos alunos no curso de Enfermagem foi conhecida ontem, com a publicação das informações sobre cursos, vagas e condições de acesso no primeiro dia do concurso nacional de acesso ao ensino superior deste ano.
O representante dos alunos do curso de Enfermagem explicou que existiu uma “tentativa de alertar a reitoria dos problemas que o nosso curso estava a passar em termos de aprendizagem e dos espaços” para a aprendizagem mas que, apesar disso, “são capazes de ignorar tudo o que pedimos e piorar a situação”.
Questionado sobre possíveis soluções para os problemas de Enfermagem, Duarte Rodrigues afirmou que as infraestruturas “poderão não resolver a totalidade dos problemas mas que reduziam em muito, reduziam”. “Penso que será mais notório em termos de laboratórios, em que já éramos bastantes e agora vai ser ainda pior”.
“A reitoria, ao invés de resolver os problemas já existentes e notórios na nossa licenciatura, observa e toma a decisão de aumentar o número de vagas. Para atenuar os efeitos do aumento das vagas, a curto prazo, seria necessário um aumento da qualidade dos laboratórios, de modo a não prejudicar o ensino de nenhum aluno do curso”, declarou.