Após três dias de Rodellus, o festival para gente do campo chegou ao fim. O último dia foi marcado por imprevistos e surpresas.
O último dia do Rodellus contou com a presença de De Turquoise, Filho Da Mãe, El Señor, Fugly, Baleia Baleia Baleia, Imploding Stars, Escstatic Vision, Slift e O Manipulador. Nomes que deram vida aos três palcos do terceiro dia da “odisseia do campo”.
A tarde começou, no palco Cunha, com De Turquoise que apresentou o seu EP “Camomila”. Com alguns percalços, o mesmo palco recebeu Filho da Mãe, artista que a meio da atuação abandonou o seu próprio concerto deixando o público intrigado. Momentos depois, o artista volta ao palco, onde tinha deixado a sua guitarra. Após algumas alterações na mesa de som, o concerto continua.
É ao final da tarde que o recinto principal alberga os restantes artistas. El Señor abriu a noite e descrevem o festival como “um festival bastante confortável”. A banda natural de Fafe interpretou músicas originais, entre as quais “Monday” e “Another Time”.
Imploding Stars abriu o palco principal neste último dia. “É de louvar este festival. Com muito pouco faz-se algo tão grande. Parabéns à equipa Rodellus”, congratula a banda durante o concerto. Durante a atuação quiseram dar a conhecer o seu álbum mais recente –“Riverine”. “Um álbum que contem todas as fases da vida”, explicam ao longo da performance. É com a música “Rebirth”, que para os artistas representa “aquele lugar bonito que vamos no fim da nossa vida”, que Ruílhe sobe aos céus num jogo de luzes.
O último dia estava cheio de surpresas e quando a audiência aterrou deparou-se com um artista secreto. “Eu sou O Manipulador”, conta o artista. Com um baixo e um microfone deu voz à música “Voices In Your Head”, contudo os seus trinta minutos de fama gozaram de muito improviso.
O palco Rodellus contou ainda com a presença de Slift e Escstatic Vision. As bandas com atuações seguidas aqueceram a noite. Levantou-se poeira com os saltos, moshes e danças ao som de ambas.
A noite parecia estar no fim, mas o palco Eira hospedou mais dois concertos. Era a vez do Porto pisar o campo com Fugly. “Millenial Shit” fez-se ouvir, acabando com um “grande brinde a vocês”.
É com Baleia Baleia Baleia que o humor entra no festival. “Estou tão nervoso, é a primeira vez que atuo neste palco”, refere o baixista do duo, que anteriormente deu voz ao Manipulador. “Sabem, a verdade é que homenagear os mortos é uma coisa lixada. Por isso, fica aqui uma homenagem a Mão Morta”, mais uma vez a plateia ri. A dupla tinha “Buéda Amor Para Dar”, acabando a atuação com essa música. O amor era tanto que a audiência queria quebrar as barreiras, impedidos pelos seguranças o baixista remata a meio da música: “Anda lá. Eu pedi à organização. Eu não posso ir ter com eles, tenho muitos pedais”. O público continuava a pedir, então, com muito amor, o baixista mergulha por entre o público.
A edição de 2018 do Rodellus chegou ao fim. Contou com a programação de Jorge Dias. E para quem se cansa da vida da cidade, sabe que é no campo que o rock toca.