O XVI Vozes Sobre a Cidade foi uma das últimas atuações do Coro Académico, antes da viagem ao leste europeu no final do mês.
As vozes cantaram sobre a cidade de Braga e encheram o Bom Jesus de Braga. O Coro Académico da Universidade do Minho (CAUM) realizou o XVI Vozes Sobre a Cidade no passado sábado. A edição deste ano juntou também a Tuna Universitária do Minho (TUM) com o CAUM, que comemorou assim o final do ano letivo.
Sofia Summavielle/ComUM
Pode ler a reportagem sobre o Coro Académico aqui.
As cadeiras dispostas na frente do palco improvisado, em cima dos Escadórios do Bom Jesus, mostraram-se insuficientes. Os espaços que tivessem qualquer assento estavam ocupados, por mais longe que estivessem dos microfones.
Entrou o CAUM sozinho, e abriu com “Amazing Grace”, uma música que acompanha o coro em todas as suas atuações. Seguiram-se “Pilgrim”, “Este linho é mourisco” e “A moda do chapéu ao lado” antes da entrada dos “vermelhinhos” da TUM.
Com a entrada da tuna e os muitos agradecimentos entregues, os dois grupos culturais uniram-se mais uma vez para cantar. Já no evento “O Canto dos Poetas” e na primeira noite do XXVIII FITU Bracara Avugvsta coro e tuna se tinham juntado, e desta vez, o acordo foi um pouco mais longo. Juntos cantaram “Chamateia”, “O Abraço Acontece”, “Doña Ubenza” e “Ser Poeta (Perdidamente)”, antes do CAUM sair dos escadórios para passar o protagonismo à TUM.
A TUM aproveitou para alegrar a enchente nos Escadórios do Bom Jesus, que, pouco habituada a dançar ao som de pandeiretas durante um concerto de um coro, alinhou. Cantaram “Sonho”, “Terras de Portugal” e a sua conhecida serenata, “Tunalmente Molhado”. Esta última com uma dedicatória especial por parte do magister da TUM: “é uma serenata que habitualmente cantamos às donzelas, mas hoje em especial dedicamos às meninas do coro”.
Sofia Summavielle/ComUM
Saiu a tuna, voltou o coro, e a música continou durante mais um bocado. O repertório habitual do CAUM voltou, com destaque para “Txika”, uma música que foi estreada no Vozes Sobre a Cidade do ano anterior, e que foi preparada para a digressão do coro a Cabo Verde.
A noite estava a acabar, e como é tradicional em concertos do Coro Académico, foram chamados os membros antigos do grupo para cantar “A gente vai continuar”, de Jorge Palma. O maestro também foi momentaneamente mudado, com a direção a ser assumida por Rui Paulo Teixeira, que saiu do CAUM em dezembro, depois de dez anos com o coro.
O último momento do concerto trouxe uma estreia. “O Pastor”, dos Madredeus, foi arranjada pelo maestro atual do CAUM, Silvio Cortez, e depois de meses de ensaio, foi trazida pela primeira vez a público. O final do concerto levantou um coro de aplausos, e continuaram a ecoar pela cidade de Braga com a música cantada ao longo da noite.
Este foi uma das últimas atuações do Coro Académico, antes da digressão ao leste europeu, à Roménia e à Bulgária, no final de Julho.
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