A sexta edição do festival conta com parcerias com o Theatro Circo, o Gnration , o Lustre e o Barhaus. O “Dark Side of The Moon” dos Pink Floyd será homenageado no decorrer do evento.

São nove dias de muita música dispersa pela cidade. A Braga Music Week arranca esta sexta-feira e dura até ao próximo sábado, dia 6 de outubro. Pelas ruas de Braga passam mais de quinze concertos. Os portugueses Parkinsons, David Bruno, Vai-te Foder, os japoneses Acid Mothers Temple e os brasileiros Far From Alaska são alguns dos nomes de destaque desta edição.

É no Theatro Circo que se dá o pontapé de saída da Braga Music Week. Equations e o Gonçalo abrem o festival na noite desta sexta-feira. “Já há algum tempo que o Gonçalo queria vir cá apresentar o disco novo e achamos que era a oportunidade ideal”, conta João Pereira, um dos organizadores do festival. Os Equations também têm um disco novo preparado “e vão tocar algumas músicas novas”.

“Há dois anos, o Paulo Brandão [diretor artístico do Theatro Circo] viu o concerto dos Killimanjaro, na Braga Music Week, e disse-nos que queria isso no Theatro Circo”, revela João Pereira. Este ano, o desejo concretiza-se e vai ser a primeira vez que o festival se vai estender àquela sala bracarense, “estamos muito felizes, porque o espaço é um dos mais emblemáticos na cidade.” Os Killimanjaro e os Stone Dead vão tocar no concerto dos 40 anos do Punk, onde reinterpretam clássicos do género.

A parceria com o Lustre, que começou em 2017, solidifica-se este ano, “fomos muito felizes lá no ano passado e então quisemos repetir a dose este ano”. A discoteca é o palco da última noite da Braga Music Week.

“Sábado é a última noite e vai ser incrível”, prevê João Pereira. A brasileira Labaq esteve recentemente em Guimarães, no festival Manta, e regressa para abrir a última noite da Braga Music Week. Palas, projeto a solo do músico bracarense Filipe Palas, pré-apresenta o disco de estreia, “Dente de Leão”, com lançamento previsto para 12 de outubro.

Depois de, no ano passado, ter atuado em frente à Sé de Braga com os Conjunto Corona, David Bruno volta à Braga Music Week, agora a solo. O músico de Gaia, leva o “Ultimo tango em Mafamude” ao Lustre. Os concertos terminam com o funaná, hip-hop e punk de Scúru Fitchádu, mas a noite continua até de madrugada com DJ Fitz , inserido na festa Mundo Daqui para Fora.

Uma semana antes, no dia 29 de setembro, o NAAMOBILE – plataforma ambulante de carrinhos de compras com sistema de som – sai para as ruas de Braga. Pela primeira vez, haverá um concerto nesta plataforma durante a tarde. Os brasileiros Bike atuam às 18 horas num local surpresa, ainda a anunciar. Para João Pereira, “os Bike mereciam estar nesta programação, daí termos aberto um pouco o espectro”.

De noite, os habituais concertos de rua começam no Jardim de Santa Bárbara, com mais duas bandas brasileiras: os Far From Alaska e os Medula. Esta ano, o cartaz conta com mais nomes internacionais do que é habitual. “Far From Alaska é uma banda que vai crescer bastante nos próximos anos ou meses na Europa, já têm grande visibilidade no Brasil e é uma sorte apanhá-los aqui”, confessa o organizador.

Os Vai-te Foder vão “espalhar o punk e o terror pelas ruas de Braga”. A banda bracarense toca na “mítica” Rua do Souto, junto à Livraria Mavy. A noite termina em frente à Sé de Braga com os The Parkinsons. “Será no mínimo épico, tem tudo para dar certo”, garante João Pereira.

O Gnration volta a ser parceiro da Braga Music Week. Em 2017, o espaço recebeu a homenagem ao álbum “Mutantes S21” dos Mão Morta. Este ano, “o Gnration propôs que no dia 4 de outubro atuassem os Acid Mothers Temple e nós, com todo o agrado, dissemos que sim”. A primeira parte do concerto estará ao cargo dos The Nancy Spungen. Para o organizador, “vai ser uma das grandes noites do Braga Music Week”.

A Bracaralhada, um conceito exclusivo do festival, volta ao comércio local da cidade na próxima sexta-feira, dia 5 de outubro. “No ano passado tivemos quatro concertos nessa noite e achamos que o último já foi a mais.” Por isso, este ano, João Pereira e a organização do evento reduziram para três concertos e colocaram a primeira atuação ligeiramente mais tarde. Os suecos Tilde abrem a noite, no Mavy, depois, o Barhaus recebe Claiana, sendo que o finlandês Inner encerra a penúltima noite, no Lustre.

O Lusco Fusco de terça-feira é a maior surpresa do festival. “Será aquele final de dia, início de noite e noite de convívio”. A confraternização no Sé la Vie tem um menu de petiscos preparado de propósito para o evento e um DJ. O ponto alto é o concerto surpresa de uma banda que João Pereira revela ser “do caraças”.

Domingo e quarta-feira são, também, dias de convívio. Este ano, o quizz habitual vai continuar com o concerto de Captain Boy. No domingo está marcado o torneio de futebol. Este ano, o Festival Paredes de Coura e o Gnration têm também uma equipa a competir pelo caneco da Braga Music Week.

João Pereira espera uma edição muito forte. “Esta Braga Music Week, em especial, é uma edição para curiosos. Temos um cartaz com nomes internacionais que vai ser para a malta conhecer.” O promotor acredita que tudo vai correr bem, em especial porque o bom tempo e a edição do ano passado o anteveem. “Temos preparadas surpresas. Vai ser bastante fora. Que ninguém se magoe, se ninguém se magoar está tudo ótimo”.