Segundo o presidente da AAUM, as autarquias devem redefinir o ordenamento de território. O estudo apresentado na segunda-feira qualifica as contestações da AAUM relativamente ao alojamento universitário.

Cerca de 75% da população estudantil escolhe habitações arrendadas, visto que as vagas das residências estão destinadas aos alunos bolseiros deslocados. São dados divulgados pelo estudo “Alojamento Universitário” na segunda feira.

Segundo Nuno Reis, o estudo serviu para qualificar as reivindicações que a AAUM tem vindo a fazer, relativamente ao alojamento universitário, desde janeiro. O próprio mote do cortejo académico da instituição minhota – “A Gata quer casa” –  serviu de protesto sobre “as poucas condições” que os senhorios oferecem nas habitações.

O estudo, realizado através de um questionário online, contou com 208 respostas válidas. Segundo o presidente da AAUM, destacam-se cinco grandes conclusões, dentro das quais que “as residências não são suficientes para as necessidades dos estudantes”, destacando-se o caso de Guimarães onde no início do ano letivo de 2018/2019 oferece apenas 40 camas livres.

No estudo, constatou-se também que 30% dos estudantes não recebem recibos de renda o que leva a concluir que “o mercado imobiliário continua desregulado apesar do aumento da fiscalização neste setor”. O presidente da AAUM afirmou também que “o aumento dos preços é superior à inflação”.

Os alunos moram maioritariamente em t2 e t3 com uma média de 3 pessoas por habitação. No anterior ano letivo maior parte das rendas assumiram valores inferiores a 250€. Contudo, cerca de 4% dos alunos residentes em Braga pagam mais de 350€ mensais.

“Os municípios devem redefinir o ordenamento de território”, sugere Nuno Reis. Segundo Rui Vieira Castro, as autarquias já se encontram a resolver o problema. Tanto Nuno Reis como Rui Vieira Castro acreditam que no próximo ano letivo a falta de oferta de alojamento para estudantes deslocados já esteja solucionada.

Até à data da publicação do artigo as autarquias de Braga e Guimarães não prestaram declarações.