A Associação Braga Ciclável emitiu um comunicado à imprensa onde condena a “má construção e falta de manutenção” que resultará numa “ciclovia perigosa”.
A ciclovia de Lamaçães foi, mais uma vez, alvo de críticas. Desta vez pela forma como foi construída, nomeadamente pela não aplicação de técnicas urbanísticas que levassem o trânsito automóvel a circular a velocidades adequadas para aquela área. Quem o diz é a Associação Braga Ciclável que se tem mostrado atenta ao desenvolvimento da rede de ciclovias em Braga.
Para além disso, a ciclovia “perigosamente” posicionada nas traseiras dos carros estacionados; o lancil elevado e afiado do lado da mesma e a falta de proteção nas interseções ovais e circulares são alguns dos problemas que a Associação também aponta sobre este troço.
De acordo com o anúncio publicado pelo Município de Braga no dia 22 de janeiro de 2018, o Projeto de Execução de Inserção Urbana da Rede Ciclável do Centro de Braga prevê “entre 2018 e 2020 a execução de 20,44 km de rede ciclável” na Avenida da Liberdade, Avenida 31 de Janeiro, no conjunto das avenidas que formam a chamada “Rodovia”, bem como na Variante da Encosta. Assim, segundo o Município, seria criada uma primeira rede ciclável que permitiria a um maior número de pessoas optar pela bicicleta como meio de transporte. Este projeto poderá ser financiado pelo Governo através de um projeto de construção de ciclovias e vias cicláveis municipais que conta com 30 milhões de euros de fundo.
A Braga Ciclável aplaudiu algumas de decisões tomadas no projeto como, por exemplo, o melhoramento de todas as intersecções giratórias ao longo da ciclovia de Lamaçães, com a retificação do seu desenho e a remoção dos atuais lancis amarelos e a colocação da ciclovia ao nível da via de trânsito.
Em cerca de 6 km de intervenção, está prevista a colocação de 40 bicicletários distribuídos por 8 localizações diferentes, continuando a não ser reposto o estacionamento recentemente retirado da Rua Nova de Santa Cruz.
O projeto de extenção da ciclovia de Lamaçães ao Campus de Gualtar é também criticado pela Associação que afirma: “Nem parece que este troço faz parte de uma requalificação que pretende corrigir erros antigos na ciclovia de Lamaçães, uma vez que vem introduzir outros erros graves”.
Com esta requalificação, passará a haver cerca de 9 km de percursos cicláveis em Braga, mas a Braga Ciclável afirma ainda não existir o efeito de rede pois ainda não é possível atravessar a cidade de um lado ao outro sem correr graves riscos, que não existiriam com uma rede ciclável adequada.