Dois anos após o lançamento de Dangerous Woman, Ariana Grande volta com Sweetener, mais um projeto de sucesso. Este álbum demonstra grande empenho da artista, uma vez que todas as faixas apresentam um forte potencial para chegar ao top das classificações.

O quarto álbum a solo de Ariana Grande era já esperado pelos fãs quando, no mês de abril, a cantora lançou o primeiro single “No Tears Left To Cry”. Sweetener revela uma ligeira mudança sonora ao longo das 15 faixas, visto que se aproxima mais do Hip-Hop, algo que a artista já tinha deixado transparecer um pouco no álbum anterior, Dangerous Woman.

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Contudo, não deixa de ser um álbum diversificado em termos de género, contendo baladas, como por exemplo a primeira faixa, “Raindrops (An Angel Cried)”, mas também outras que lembram o R&B, como a canção “R.E.M.” Para além disso, Sweetener também conta com algumas colaborações, como a de Nicki Minaj em “The Light Is Coming”, Missy Elliot em “Borderline”, e também Pharrell Williams em “Blazed”.

Esta não é a primeira vez que Grande colabora com Nicki Minaj, visto que já colaboraram anteriormente em sucessos como “Bang Bang” e “Side To Side”. “The Light Is Coming” provou ser mais um sucesso, apesar de não ser a combinação a que estamos acostumados. Nesta faixa, o contraste entre a voz melodiosa de Ariana Grande e o rap de Nicki Minaj praticamente não está presente, pois a cantora optou por criar uma música não tão cantada, mas sim que acompanhasse o estilo de Minaj.

Em “Borderline”, assiste-se à primeira colaboração da cantora com Missy Elliot, que é um outro exemplo de que o R&B está presente neste novo projeto da artista, mostrando a sua versatilidade e a capacidade de trabalhar com vários artistas de renome, com qualidade. “Blazed” é também a primeira colaboração da cantora com Pharrell Williams, apesar de este ter contribuído para a produção de muitas faixas mais antigas de Ariana Grande. As duas vozes criam melodias que agradam qualquer ouvinte apreciador de boa música, valendo a pena ouvir esta faixa.

Sweetener também contém faixas que trazem uma carga mais pessoal e sentimental da artista, como prova a penúltima canção do álbum, “Pete Davidson”, o nome do atual namorado. Aqui, Grande descreve como se apaixonou e mostra como se sente feliz na relação com o comediante com quem namora desde maio.

Em termos de conteúdo lírico, a cantora também toca em assuntos de cariz político, em “God Is a Woman”, sendo esta a canção mais bem-sucedida do álbum, que retrata uma grande problemática da sociedade: o sexismo. A cantora afirma-se uma feminista e usa a sua voz como forma de chamar atenção ao assunto, reforçando a importância que a mulher teve na humanidade, mas que, atualmente, é vista como inferior, em muitas partes do mundo.

Os singles que mais se destacam neste álbum são “God Is a Woman”, “No Tears Left To Cry”, “The Light Is Coming” e “Raindrops (An Angel Cried)”. Numa visão geral, são todas bem produzidas, possuem ritmos cativantes e letras bem pensadas. Ao mesmo tempo, estes fatores favorecem a voz de Ariana Grande, que prova ser excelente e capaz de impressionar qualquer público.

Os singles que menos se destacam são “Successful”, “Everytime”, “Better Off”, e “Get Well Soon”. “Successful” é a música mais fraca do conjunto, pois tanto a letra como o ritmo deixam muito a desejar e não favorecem o talento da cantora. Ao contrário das restantes que se apresentam com sons bons. “Get Well Soon” é capaz de transmitir mensagens de vida interessantes, ao apelar a hábitos de vida mais saudáveis e também a sermos capazes de atingir os nossos objetivos. “Everytime” e “Better Off”, se analisarmos a letra, parecem ser destinadas ao ex-namorado, Mac Miller, que infelizmente faleceu no passado mês de setembro. Estas três canções têm bom ritmo, mas não captam tanta atenção como outras.

Em conclusão, através deste álbum, Ariana Grande voltou a provar o seu valor. É possível dizer que a artista se revelou ao trazer músicas bastante variadas de vários géneros, como Hip-Hop, Trap, R&B, Pop, etc. Sweetener permite, também, fortalecer a carreira da cantora, ao atrair públicos mais diversificados.