Entre os dias 11 e 19 de outubro, o Nova Arcada Braga Blues volta a espalhar música por vários pontos cidade de Braga, naquela que será a segunda edição do festival.

Decorreu em 2017 a edição de estreia do festival Nova Arcada Braga Blues, organizado pela Mobydick Records e por Micha Rudowski. Este ano, a semana preenchida por workshops, jam sessions e concertos repete-se com um dia extra. O início está marcado para a noite desta quinta-feira.

Budda Guedes, um dos organizadores, fornece uma visão pessoal daquele que se tornou no primeiro festival dedicado ao blues na cidade de Braga.

 

As origens

Budda Guedes, um aficionado de blues, revela que a ideia não é recente, “há muito que gostava de fazer um festival”. Mas o que possibilitou a reunião das condições necessárias para a concretização da ideia foi a parceria com o Nova Arcada e com a Câmara Municipal de Braga, que “apoiaram o festival e o viabilizaram”.

 

Novidades e expectativas

Optando por manter o formato do festival, salientam-se duas novidades este ano: a programação e o dia extra de música. “No ano passado começou numa sexta-feira e terminou numa sexta-feira, este ano começa numa quinta-feira e termina numa sexta-feira”, revela Budda Guedes. A noite de “Drums and Blues”, protagonizada por duas baterias de Nico Guedes e Rui Rodrigues, marca o início da edição de 2018, esta quinta-feira na discoteca Lustre.

“As expectativas deste ano são melhores que as do ano passado, porque no ano passado não tínhamos nenhumas”, assume. “Sentíamos necessidade de ter algo na cidade que estivesse ao nível que a cidade precisa, que a cidade pode oferecer não só aos bracarenses, mas também a quem quiser vir se juntar”, acrescenta ainda, expondo a forma como embarcou nesta aventura.

 

Os destaques

Este ano, destacam-se os concertos no Theatro Circo, dia 18 e 19 de outubro, marcando os dois últimos dias do festival.

Dia 18 de outubro sobe ao palco bracarense Boo Boo Davis. Descrito por Budda Guedes como “um dos últimos sobreviventes do verdadeiro blues do delta do Mississippi”, Davis é um artista americano que toca blues tradicional. “É a história viva em primeira mão, mas tocada no século XXI”, acrescenta, remetendo ao passado de trabalho do artista nos campos de algodão americanos.

Segue-se Doug Macleod, dia 19 de outubro. O vencedor de três Blues Music Awards representa a vertente do blues acústico no festival, “é um contador de histórias, um músico incrível”, diz o organizador.

Ainda no mesmo dia, Ida Band & The Blue Tears fecham o festival. O quinteto sueco com sonoridades do sul dos Estados Unidos da América apresentou-se no European Blues Challenge, onde Budda Guedes o conheceu.

 

Diversidade e acessibilidade

Defendendo uma programação diversificada, Budda Guedes reforça que “a ideia do festival é trazer o blues a Braga das mais diversas formas, de maneira a ser o mais eclético possível e que as pessoas possam ter uma semana de contacto muito próximo do blues em várias vertentes.”

No futuro, o organizador pretende continuar com a iniciativa, afirmando que ambiciona celebrar a vigésima quinta edição daqui a 23 anos.

A entrada no Nova Arcada Braga Blues torna-se acessível a todos os curiosos e amantes de blues, sendo maioritariamente gratuita, dependendo dos espaços em que se realiza.