O alojamento dos jovens universitários deslocados é um problema de opinião pública.
A Escola Secundária D. Luís de Castro, encerrada desde de 2007, tem suscitado o interesse da Universidade do Minho, segundo a Rádio Universitária do Minho (RUM). A academia minhota acredita que a antiga escola secundária tem condições para a instalação de uma residência universitária. No entanto o edifício é, também, do interesse do Ministério da Justiça e da Administração Interna.
Confrontado com a proposta da UMinho, Ricardo Rio declara à RUM que “seria uma boa solução, mas está dependente da priorização do Governo”, adiantando que o assunto foi exposto na última visita da Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Fernanda Rolo. O autarca salvaguarda, ainda, que há mais interesses que rondam o imóvel. O Ministério da Justiça vê-o como um edifício para as novas instalações da polícia judiciária. já Ministério da Administração Interna entende o que o espaço é indicado para instalar a GNR.
Carlos Videira, dos Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM), confirmou que “têm havido algumas negociações, lideradas pela reitoria, e de facto este [Escola Secundária D. Luís de Castro] é um dos espaços que poderá constituir-se como uma solução” para colmatar o défice crónico de alojamento universitário.
Nuno Reis, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), comenta que “pode ser mais uma solução para resolver um problema tão complicado” destacando o facto de o imóvel ficar a menos de um quilómetro do campus de Gualtar. Para Nuno Reis os “espaços culturais e históricos devolutos podem muitas vezes ser requalificados com esta nova vida de residência universitária, mantendo muitas das características arquitetónicas e patrimoniais.”
O autarca da união de freguesias de Nogueiró e Tenões já apresentou ao Estado e ao município cinco propostas para o futuro da escola, admitindo que há uma forte concorrência com investidores privados. Contudo, estariam “mais interessados numa situação que fosse de apoio à entidade pública, e essa situação da Universidade do Minho agradava-nos”, reconhece.