A academia minhota aposta em novas estratégias para os alunos. A quinta reunião do Conselho Geral da Universidade do Minho aconteceu esta segunda-feira.
A Universidade do Minho vai analisar novas soluções estratégicas para terminar com os mestrados integrados e ciclos integrados de cinco anos em que três anos são de licenciatura e os outros dois um mestrado já definido. A medida do Governo deve avançar dentro de dois anos e vai dar especial ênfase aos cursos de engenharias e psicologia. A quinta reunião do Plenário do Conselho Geral deste ano decorreu esta segunda-feira, na Reitoria da Universidade do Minho.
Segundo o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, é tempo de refletir para encontrar uma solução que possa tornar a oferta formativa da instituição minhota mais atrativa para os estudantes e diferenciada em relação às outras instituições de ensino superior. Para além desta iniciativa, a Universidade vai também apostar no ensino à distância.
A reunião do Conselho Geral aprovou com a unanimidade a mudança do local do encontro para as Escolas e Institutos da UMinho, com prioridade para as que não têm representatividade neste órgão. Segundo a nova regra, as reuniões do Conselho Geral passarão, em primeira instância, por escolas como o Instituto de Ciências Sociais ou a Escola Superior de Enfermagem, por exemplo, dado que estas não têm nenhum membro representado no Conselho. Numa fase posterior rodarão entre todas as escolas, para uma maior aproximação deste órgão à restante comunidade académica.
A redução do valor das propinas foi também abordado na reunião de Conselho Geral. O impacto que a mudança pode ter na atribuição de bolsas de Ação Social, a alteração dos valores nos cursos com mestrado integrado e a continuação do bom funcionamento das Universidades públicas foram alguns dos pontos discutidos.
Nuno Reis, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho esclareceu a sua posição numa publicação na sua página de Facebook. “Esta manhã, em sede de reunião plenária do Conselho Geral da Universidade do Minho, apontei diferentes preocupações no que concerne à aplicação da redução do valor da propina para o próximo ano letivo”, escreve.
Segundo Nuno Reis a medida introduzida pelo Orçamento de Estado para próximo ano traz “um forte compromisso para com o Ensino Superior progressivamente mais justo e acessível a todos”. No entanto, o presidente da AAUM reforça que é “importante refletir sobre o modo de aplicação da medida e a estratégia que lhe está adjacente.”
O Conselho Geral analisou ainda o ponto de situação da UMinho depois do término da terceira fase de colocações do Ensino Superior. Para a maioria dos conselheiros este foi um ano letivo positivo para a instituição que viu 98% das suas vagas ocupadas. Dos cursos com mais vagas sobrantes o Conselho Geral destaca a nova licenciatura em Proteção Civil e Gestão do Território, em que não houve tempo para demonstrar o que o curso tem para oferecer. Segundo este órgão no próximo ano letivo vai haver uma maior divulgação desta licenciatura.
A quinta reunião do Conselho Geral pode ser vista na íntegra através do canal de Youtube da Universidade do Minho.
João Gonçalves, Margarida Lopes Silva e Mariana Guerreiro