“Comunicar a Diversidade” foi o mote do encontro do Grupo de Trabalho de Comunicação Intercultural. Debateram-se temas como a comunicação, a comunidade e a diversidade.

Diversidade, média e igualdade de género foram alguns dos temas abordados no Primeiro Encontro do Grupo de Trabalho de Comunicação Intercultural. O seminário “Comunicar a Diversidade” organizado pela Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM) e o Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) decorreu esta quinta feira no Mosteiro de São Martinho de Tibães.

Encabeçada pelas coordenadoras do grupo de trabalho, Isabel Macedo e Rosa Cabecinhas, Rita Ribeiro, diretora adjunta do CECS), e a coordenadora do espaço, Maria Rufino, a mesa inicial deu início aos trabalhos com alguns agradecimentos.Seguiu-se uma breve apresentação do encontro, por Isabel Macedo, que o descreveu como “um explorar da forma como os meios de comunicação e as instituições culturais representam, interpretam, desconstroem olhares em torno das relações interculturais”. O primeiro grupo de apresentações intitulado “Diversidade Cultural, migrações e média” dividiu-se em duas sessões.

Enquanto que Marcos Mendonça relatava aspetos de comunicação e cultura do Caminho Português de Santiago, Giane Lessa apresentava o seu trabalho sobre a heterogeneidade linguística na Universidade Federal da Integração Latino-Americana, “a única universidade bilingue do Brasil” como a investigadora e docente a descreveu.

Quando questionada pelo público sobre a possível vitória do candidato Bolsonaro às presidenciais Brasileiras e as respetivas consequências na educação e diversidade dentro das instituições educativas, a oradora respondeu que “sendo uma iniciativa do mandato anterior, o receio é de que fique ameaçado”. Após uma troca de ideias entre oradores e público, os interessados puderam apreciar uma pausa durante o coffee break.

O terceiro grupo de apresentações centrou o seu tema base na “Comunicação para o desenvolvimento, média e culturas”. A primeira oradora, Cássia Ayres, apresentou de uma perspetiva juvenil brasileira, os média digitais e as mudanças sociais.  De seguida Cláudia Martins debruçou-se na igualdade de género e o jornalismo de desporto.

Já depois de almoço deu-se inicio à segunda parte do encontro. O público assistiu a dois painéis – “A promoção da diversidade social nos/dos média portugueses: da investigação à intervenção” e “Comunicação Intercultural e Desenvolvimento”.

O término dos trabalhos decorreu com uma mesa-redonda cujo tema se apresentou como “Eurocentrismo, ressentimento e interculturidade”. O propósito deste final passou por invocar uma “reflexão sobre a relação entre identidade e cultura” convocando “algumas polémicas que cruzaram a atualidade mediática” como, primariamente, se enunciou a apresentação da atividade no livro de resumos entregue no registo inicial.

Para além de abrigar o encontro, a coordenação do mosteiro ofereceu também uma visita guiada ao espaço, de observância beneditina, considerado Imóvel de Interesse Público desde 1944. No público, notou-se a presença da vice-presidente da SOPCOM, Madalena Oliveira, um grupo de alunos da licenciatura em Ciências da Comunicação, investigadores, doutorandos e interessados em geral.