O projeto minhoto “School Bus” foi distinguido na região Norte. A Universidade do Minho, através da UM-Cidades, e a Câmara Municipal de Guimarães são as organizadoras do evento.

A cidade de Braga venceu o Prémio Município do Ano na região Norte, na categoria das localidades com mais de 20 mil habitantes. O grande prémio final do Município do Ano 2018 foi atribuído à autarquia de Arouca com o projeto “Arouca – Geoparque Mundial da UNESCO”. A entrega dos galardões decorreu no Paço dos Duques de Bragança em Guimarães, na passada sexta-feira.

Na quinta edição, foram a concurso 54 candidaturas e o júri nomeou 35 projetos para o prémio final e para nove categorias, entre estas a que Braga se consagrou vencedora. A iniciativa “School Bus”, que implementou a inteligência urbana na mobilidade das crianças através do autocarro elétrico, foi o projeto galardoado. A juntar-se à cidade minhota, ainda no Norte, venceu Montalegre com as comemorações da Sexta13 – Noite das Bruxas, na categoria de municípios com menos de 20 mil habitantes.

A grande cidade vencedora do prémio final, Arouca, ganhou também na categoria Área Metropolitana do Porto. O grande prémio foi atribuído ao projeto do Geoparque Mundial reconhecido pela UNESCO como património geológico da Humanidade. O parque está ligado a atividades relacionadas com a natureza e com a aventura, como as visitas a grutas, escalada, rafting. Para receber os dois prémios, esteve presente a presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém.

O reitor da Universidade do Minho e o diretor do Centro de Território, Ambiente e Construção, Paulo Pereira, também coordenador da plataforma UM-Cidades, discursaram no evento. Paulo Pereira reforçou o papel fundamental que a UMinho tem nesta iniciativa, uma vez que a existência do evento tem vindo a ajudar os municípios vencedores a desenvolverem-se. Segundo o coordenador da UM-Cidades, a UMinho é uma “referência internacional” devido aos “campi sustentáveis” e aos esforços para tornar a Universidade “carbon free”.

Na região Centro, foi distinguido o município de Idanha-a-Nova com o projeto “Recomeçar em Idanha” e a cidade da Mealhada premiado com o Festival de Artes para Crianças – “CATRAPIM”. Na Área Metropolitana de Lisboa venceu a cidade de Cascais graças ao projeto “MobiCascais”, sistema intermodal de transportes que integra bicicletas, estacionamento, autocarros e comboios em Cascais.

No Alentejo, a cidade premiada foi Sines, com o Festival Músicas do Mundo de Sines no âmbito da celebração dos seus 20 anos. No Algarve, venceu Loulé, que desenvolveu o projeto “Territórios, Memórias, Identidades”. Nas regiões autónomas, foi premiada Vila Praia da Vitória, da Ilha Terceira, do arquipélago dos Açores, com o projeto de restauração ecológica da Zona Húmida Costeira.

Antes da entrega dos diplomas e dos prémios, houve ainda uma pequena sessão onde esteve presente o urbanista suíço Robert Stussi. Na conferência foi discutida a importância do aumento da mobilidade nos transportes das cidades, em que foi apontado que deviam melhorar os aspetos da flexibilidade de horários e o preço dos bilhetes. Robert Stussi apresentou ainda conceitos novos que têm sido desenvolvidos noutros países, como a mobilidade partilhada, mobilidade ativa e a mobilidade inclusiva.