A plataforma digital desenvolvida pelas investigadoras da Universidade do Minho procura ajudar crianças com dificuldades na aprendizagem da leitura.
Uma equipa de investigadoras da Universidade do Minho ganhou, esta quarta feira, a primeira edição do prémio Ler+, criado pelo Plano Nacional de Leitura 2027 (PNL), com a plataforma digital “Ainda estou a aprender”. O projeto foi desenvolvido, particularmente, para crianças com dificuldades na aprendizagem da leitura.
A conferência anual do PNL, realizada em Lisboa, atribuiu a primeira edição do prémio Ler+ a uma equipa de 18 investigadoras da Universidade do Minho, lideradas pela doutorada Iolanda Ribeiro.
O prémio Ler+ tem um valor de dez mil euros e o seu principal objetivo é valorizar o trabalho de personalidades ou entidades que promovam hábitos na aprendizagem na leitura, melhorando as suas competências literais e promover, assim, o gosto pela leitura.
Embora o PNL tenha sido criado em 2006, pelo Governo, para aperfeiçoar a leitura dos alunos, atualmente vive uma nova fase, que se designa por “Plano Nacional da Leitura 2027”. Este, é comissariado por Teresa Calçada. Para a primeira edição, o PNL recebeu 60 candidaturas.
O projeto desenvolvido pelas investigadoras é de caráter educativo, interativo e de acesso livre, com o principal intuito de apoiar alunos do primeiro ciclo do Ensino Básico que demonstram dificuldades na aprendizagem da leitura (DAL).
A plataforma é orientada por professores e pais ou encarregados de educação, embora se sugira para os alunos com DAL, uma seleção de atividades orientadas por professores. As atividades podem também ser realizadas por alunos que não apresentam dificuldades na leitura.
Embora a principal finalidade esteja centrada em alunos com DAL, nesta plataforma podem também aceder outros utilizadores, nomeadamente professores de educação especial, psicólogos, terapeutas da fala e investigadores. Para a sua utilização, é necessário o uso de microfone e auscultadores, recomenda a plataforma “Ainda estou a aprender”.
Esta plataforma foi construída e desenvolvida no Centro de Investigação em Psicologia com a ajuda de fundos europeus e nacionais, como a Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação para a Ciência e Tecnologia.