A aluna de Direito da Universidade do Minho mencionou o “bom trabalho” realizado ao longo deste ano e que pretendem continuar o projeto “ainda verde” que iniciaram.

Sofia Alcaide é candidata pela Lista C a presidente de mesa da Reunião Geral de Alunos da Universidade do Minho, pelo segundo ano consecutivo. A aluna de Direito defende que é importante que os alunos tenham “consciência do que se faz neste órgão”.

Em entrevista para o ComUM, a candidata da Lista C para a mesa da RGA afirma que pretende “continuar com o processo da Revisão Estatuária”, iniciado este ano, mas que “ainda está verde”. A sua equipa “mantém-se a mesma deste mandato, com exceção de uma pessoa que está de Erasmus”, demonstrando que esta é uma “recandidatura quase completa” e que há vontade de “continuar o bom trabalho”.

A Lista C apresenta-se sob o mote “Rever Academia”, deste modo pretende demonstrar que a estrutura da AAUM precisa de ser revista. Afirma, ainda, que  é necessário esta “acompanhar a evolução e se atualizar, tal como temos consigo fazer isso ao longo deste ano e que queremos continuar no próximo”.

ComUM: Após uma reflexão acerca do trabalho desempenhado ao longo deste ano, tal como foi referido no texto de candidatura apresentado, quais foram as razões que levaram a esta recandidatura à mesa da Reunião Geral de Alunos da AAUM?

Sofia Alcaide: Esta recandidatura foi muito bem pensada, ponderada e tomada em consciência por parte de todos os candidatos da Lista C. Foi uma recandidatura quase completa, visto que só uma pessoa teve de sair devido ao Erasmus, mas que foi unânime para continuarmos o trabalho desempenhado ao longo deste ano. Iniciamos um processo de Revisão Estatuária que foi e é o nosso principal objetivo e que, embora tenha sido conseguido, seria uma quase irresponsabilidade da nossa parte deixar este projeto que ainda está verde.

ComUM: O que é que ficou por fazer em relação aquele que foi e continua a ser o vosso principal objetivo: a Revisão Estatuária?

Sofia Alcaide: O projeto foi conseguido este mandato, mas ainda não está totalmente concluído. Por exemplo, ainda falta nomear e eleger os representantes dos grupos culturais. É necessário fazer ainda mais. Os órgãos da AAUM precisam de se atualizar constantemente, tem de acompanhar a evolução da universidade e dos próprios interesses dos alunos. É muito importante seguir e atualizar esta evolução, tal como temos conseguido fazer isso ao longo deste ano e que queremos continuar no próximo.  

ComUM: “Continuamos a almejar uma maior adesão às Reuniões Gerais de Alunos”. De que maneira é que isso seria possível? O que pretendem fazer a esse respeito?

Sofia Alcaide: Sim é verdade. Ambicionamos uma maior adesão às reuniões visto que são importantes para os alunos. É necessário haver uma maior divulgação e difusão da informação em relação a estas reuniões e a tudo que está em torno do nosso órgão e até da AAUM. Durante este ano, fizemos várias coisas nesse âmbito como fazer as atas da RGA na própria reunião para que os alunos se sintam mais envolvidos, fazer as convocatórias com bastante antecedência. E continuaremos com essas medidas. Também é importante que os alunos saibam e percebam que não vão lá apenas votar, mas sim participar, levantar questões, fazer sugestões.

ComUM: Esta é a segunda candidatura consecutiva à mesa da RGA e também a segunda à qual é a única concorrente. Qual é a sua opinião acerca deste facto?

Sofia Alcaide: Eu encontro duas perspetivas sobre esse facto. Primeiro é que as pessoas escolhidas para a lista estão envolvidas na academia a diferentes níveis, passando a ideia correta de que somos uma lista complexa, que se preocupa com os estudantes. Segundo é que demonstra o bom trabalho que desempenhamos ao longo deste ano. Contudo, é claro que a existência de mais listas também é importante, porque existe mais envolvimento por todos e mais divulgação e também estimula à discussão e promulgação de ideias.

ComUM: A taxa de abstenção nas eleições para os diferentes órgãos de governo da AAUM ronda, todos os anos, 85%. Isto é uma taxa muito elevada para algo tão importante para os alunos. O que é que é necessário fazer e de que maneira é que se pode alterar esta tendência?

Sofia Alcaide: O primeiro passo que deve ser dado é cada lista escolher representantes que sejam dos mais variados cursos, que abranjam o maior número de alunos possíveis e que essas pessoas sejam dinâmicas para poder haver uma maior divulgação e propagação de informação. A verdade é que os estudantes, por vezes, não têm uma perceção daquilo que é feito, tanto pela mesa da RGA como pelos outros órgãos que fazem parte da associação académica. O que nós fazemos tem um impacto muito relevante para eles. Como por exemplo, a questão de mais quartos nas residências da academia. Já está aprovado um orçamento para que passem a haver mais quartos nas residências académicas da Universidade do Minho, para que mais estudantes possam usufruir e isto tudo também graças à AAUM. A Associação Académica representa a academia a nível nacional, por isso é importante saber em quem se vai votar.