O aluno de Medicina da Universidade do Minho referiu que o executivo atual realizou um bom trabalho, mas que a Lista D pode "melhorar e fazer um pouco mais".
Vítor Campos é candidato ao Conselho Fiscal e Jurisdicional (CFJ) da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). O aluno do Mestrado Integrado de Medicina defende que “faz todo o sentido” propor-se a este órgão.
Em entrevista ao ComUM, o candidato ao CFJ afirma que pretende “aproximar aquilo que é a atividade fiscal e jurisdicional” dos estudantes. Quanto à equipa que constitui a sua lista afirma que são “um grupo de pessoas que tem experiência e um percurso” que os permite chegar a este órgão.
A Lista D apresenta-se com o lema “Defender a Academia”, em que pretende intervir “sempre que os interesses dos alunos não estiverem a ser defendidos”. Até ao momento, Vitor Campos é o vice-presidente pelo Departamento Cultural e Tradições Académicas da AAUM, cargo que desempenha desde 2017.
ComUM: O que o levou a avançar com a candidatura ao Conselho Fiscal e Jurisdicional?
Vítor Campos: Sou uma pessoa ligada ao associativismo, especialmente ao associativismo dentro da Associação Académica. Considero que o Conselho Fiscal é um órgão demasiado importante e é pautado de um sentido de responsabilidade muito grande, no qual julgo que devem existir pessoas que percebam a dinâmica da Associação. Sendo assim, penso que faz todo o sentido propor-me para este órgão. Percebo a dinâmica da Associação e tenho todo o interesse em salvaguardar os interesses e vontades dos estudantes. No fundo é para isso que o Conselho Fiscal serve.
ComUM: Quais são as principais propostas da Lista D, no seu âmbito de ação?
Vítor Campos: O Conselho Fiscal é habitualmente um órgão executivo que promove algo ou que procura que mais coisas aconteçam. Penso que, acima de tudo, tem que ser um órgão que mantenha os estudantes ligados àquilo que é o panorama da Associação em termos burocráticos. Isto é, eu não tenho qualquer interesse em, por exemplo, alterar a forma como é feito o Enterro da Gata, mas sim em que os estudantes entendam como ele é feito. Queremos aproximar aquilo que é a atividade fiscal e jurisdicional, no sentido das partes mais administrativas e burocráticas, daquilo que são os estudantes.
ComUM: Quais são os princípios e valores que representam a Lista D?
Vítor Campos: Há um conjunto de valores que têm de estar presentes em todo o associativismo e que ganham ainda mais relevância no CFJ. Valores como a transparência. Não serve de nada estarmos a analisar um relatório de contas e guardarmos essa informação para nós ou tentarmos disfarça-la. Para além disso, temos que ter uma lista que contenha pessoas com valores morais fortes, que possam ser capazes de representar os estudantes da maneira que eles precisam. Acima de tudo, temos que assegurar que é o interesse dos estudantes que motiva sempre a Associação Académica.
ComUM: “Defender a Academia” é o slogan apresentado pela Lista D para este ato eleitoral. De que forma pretendem concretiza-lo?
Vítor Campos: É importante perceber que nós não vamos reinventar um sistema. Não vamos chegar cá e dizer que vai ser tudo diferente. O que queremos realmente, e que é a nossa máxima, é que os interesses dos estudantes sejam a prioridade. Vamos intervir quando tivermos que o fazer e isso acontecerá sempre que os interesses dos alunos não estiverem a ser defendidos. É daí que provém o “Defender a Academia”.
ComUM: O que se pode esperar da equipa que compõe a Lista D?
Vítor Campos: À semelhança do que referi anteriormente, podem esperar que os estudantes sejam a nossa prioridade. Para além disso, somos um grupo de pessoas que tem experiência e um percurso que nos permite chegar ao Conselho Fiscal de um órgão como é a AAUM, com uma opinião sustentada e relevante. Não queremos chegar, aceitar tudo o que é proposto e sair. Queremos ser críticos sobre aquilo que temos que ser e é isso que se pode esperar das pessoas que constituem a Lista D. Pessoas responsáveis e com sentido crítico.
ComUM: O que é que a lista D, em caso de eleição, poderá fazer de diferente em relação ao executivo atual?
Vítor Campos: Antes de mais, o CFJ teve uma ação que não digo que tenha sido necessária porque sou da opinião que podemos sempre fazer mais e, nestes aspetos, é sempre necessário fazer um pouco mais. No entanto, considero que o executivo atual realizou um bom trabalho. Como já disse, não proponho alterar tudo. O CFJ é um órgão que funciona como uma barreira. Por exemplo, não vamos decidir quanto dinheiro que é gasto no Enterro da Gata ou definir que o dinheiro destinado ao Fundo Social de Emergência vai para outro fim. Vamos antes avaliar se a forma como os processos burocráticos e a gestão financeira da Associação está a ser feita é do interesse dos estudantes. Com esse objetivo, vamos procurar ser sempre melhores do que o executivo anterior. Não que eles tenham sido maus nesse aspeto, mas sim porque considero que é um aspeto em que podemos sempre melhorar e fazer um pouco mais.
Daniel Sousa e Hernâni Fonseca Costa