Num registo familiar e rodeado de livros e de fãs, Júlio Machado Vaz apresentou o seu novo livro, na maior sala da livraria bracarense Centésima Página.
Com uma ligação forte à cidade minhota, da qual recorda os tempos do serviço militar, o psiquiatra e sexólogo portuense tomou a iniciativa de divulgar o livro “O Amor é”, na livraria mais conhecida de Braga.
Escrito em parceria com Inês Meneses, jornalista que o acompanha no programa da Antena 1 e que por razões de trabalho não pôde comparecer, a obra apresenta “conversas inéditas” que nunca foram para o ar.
Para se libertar da conferência-tipo, dita demasiado formal, e promover a interação com os espetadores, Júlio Machado Vaz mostrou-se disponível para responder a qualquer questão. Desta feita e sem constrangimentos, o público bracarense sugeriu um conjunto de temas para debate.
Aludindo a acontecimentos atuais, como o programa de televisão “Casados à primeira vista”, e clarificando com exemplos do seu próprio percurso pessoal, quer na relação com os pacientes quer na relação com amigos e familiares, Júlio Machado Vaz conseguiu reter a atenção dos demais, provocando até gargalhadas.
Foi assim que assuntos como as novas tecnologias aplicadas à psiquiatria, os desafios aos estereótipos, os filhos perante o divórcio e os compromissos sem matrimónio foram discutidos ao longo do correr da apresentação. Em relação à conjugação da psiquiatria com máquinas, por exemplo, o sexólogo não vê algo a acontecer, porque nem mesmo a máquina mais competente está apta para lidar com “algo que é eminentemente humano, que é a ambivalência: querer e não querer”.
Para aqueles que estão habituados a ouvir o Professor na Antena 1, pode-se dizer que a apresentação que ocorreu na livraria bracarense, se assemelhou, em parte, ao programa de rádio “O amor é…”. Só faltou mesmo Inês Meneses para completar o cenário.