Arte nova ou arte de novo? Ambas. O evento é dedicado à arte digital e à música eletrónica produzida por artistas da cidade de Braga. Este ano, existem algumas novidades: um convidado internacional e duas sessões de conversa.

O Ocupa regressa para mais um ano. Pretende dar arte a conhecer, com a apresentação do novo trabalho de David Machado, Dora Vieira e Tundra Fault, com visuais de Distorted Vision, resultado de uma encomenda conjunta aos artistas por parte do gnration.

O evento promovido pela cooperativa Auaufeiomau, com o apoio do gnration e da Câmara Municipal de Braga, apresenta também o Clube de Inverno, que celebra o 15º aniversário da editora de música experimental e eletrónica Crónica. Apresentando-se, aqui, um espaço para criar arte, um encontro de improvisação e exploração de música e som.

Roly Porter, artista britânico, é o último nome do serão. O músico fez parte da dupla Vex’d e vem apresentar “Third Law”, álbum de 2016.

Mariana Pires / ComUM

“O programa de conversas é algo que nunca tínhamos feito e algo incomum na programação do gnration”, reconhece Luís Fernandes, diretor artístico do gnration. Este ano, a organização decidiu inovar com a criação de duas sessões de conversa, que abordam a relação entre tecnologia, performance e arte, com a participação de artistas e académicos, “achamos que seria interessante trazer artistas e académicos, incluindo da Universidade do Minho”.

A primeira conversa, subordinada ao tema “Inteligência Artificial e Arte”, questiona se serão os robots capazes de criar. Na segunda, com o tema “Performance em Música Eletrónica”, discute-se o papel da música eletrónica na disseminação musical e o seu impacto, bem como as dificuldades encontradas na transposição para o palco.

Quanto à razão para a escolha destes temas, Luís Fernandes explica: “Ambos os temas foram escolhidos com base na nossa atualidade e naquilo que poderia ser do interesse do público e que poderia ser discutido com os convidados.”

Em relação às expectativas para este ano, elas são “muito simples: que as pessoas gostem, que as pessoas compareçam e que se possa mostrar o que se faz aqui por Braga nos campos da arte digital e da música eletrónica”, afirma Luís Fernandes.

“Entre a primeira e a segunda edição, notámos um aumento da adesão. Desta vez esperamos também trazer mais pessoas, até porque temos uma novidade em relação aos anos anteriores, que é a presença de um artista internacional o que, por si só, tem a capacidade de atrair mais visitantes”, explica.

O programa de conversas é gratuito e as performances têm um custo de cinco euros.