Jovem empresa nascida UMinho coordena projeto de oito milhões de euros com o fim de encontrar vias sustentáveis para mais de 100 compostos.
“Shikifactory100″ pretende através do chiquimato, um ácido central no metabolismo, produzir mais de 100 compostos. Uma rota de sete passos do metabolismo das bactérias e de outros organismos, em que este ácido está sempre presente. O consórcio é apoiado pelo programa Horizonte 2020 e arranca em janeiro de 2019, juntando nos próximos quatro anos 11 parceiros de sete países, entre os quais a Universidade do Minho.
“A escala e a integração das tecnologias de ponta no ‘Shikifactory100’ são inéditas na Europa e vão contribuir para a liderança da UE nas áreas da biologia sintética e da bioeconomia”, afirma Simão Soares, diretor-geral da SilicoLife. Nesse sentido, “o consórcio vai construir uma plataforma de ‘fábricas’ de células microbianas, com estirpes personalizadas e genomas otimizados, para uma produção eficiente, económica e sustentável, combinando novos métodos computacionais com desenvolvimentos in vitro e in vivo”, refere Isabel Rocha, gestora científica do projeto, do Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade Nova de Lisboa e também ligada ao Centro de Engenharia Biológica da UMinho.
Além da SilicoLife, participam no projeto a Universidade do Minho, a Universidade Nova de Lisboa, Universidade Técnica da Dinamarca e de Manchester (Reino Unido), a Escola Politécnica Federal de Lausanne (Suíça), o Laboratório Europeu de Biologia Molecular (Alemanha), a consultora NNFCC (Reino Unido) e as empresas DSM (Holanda), c-LEcta (Alemanha) e GalChimia (Espanha).
A startup de biotecnologia nasceu em 2010 por recém-graduados em Bioinformática juntamente com professores de Informática e de Engenharia Biológica da academia minhota. Sediada em Braga, trabalha apenas para mercados externos. Tem participado em vários projetos científicos e apoia a I&D de empresas multinacionais nos campos da química, da agricultura e dos materiais.