Foi ao som da orquestra da Academia de Música de Viatodos e de cinco músicos pertencentes às mais recentes bandas barcelenses que a plateia presente absorveu as mudanças do rock da região, ao longo dos anos.
Este sábado, o Theatro Gil Vicente recebeu, em palco, a história do rock de Barcelos, tocada por cerca de duas dezenas de músicos, no total. O evento inseriu-se no serviço educativo do triciclo.
Para contar esta história, apresentaram-se jovens músicos, com idades compreendidas entre os 11 e os 21 anos, como Luís Fernandes e Rui Pereira (baixos), Pedro André e Pedro Oliveira (guitarras) e Miguel Ângelo (bateria). Com a casa cheia, o espetáculo começou com a orquestra da Academia de Música de Viatodos, à qual se juntaram os jovens pertencentes a novas bandas da cidade barcelense.
Foi com a entrada destes que se passou a presenciar uma atmosfera mais intensa, havendo uma mistura entre uma música mais clássica e um estilo de “garagem”, que levou os espectadores a viajar no tempo e a acompanhar a evolução do rock barcelense.
Posteriormente, através da delicadeza e suavidade da música dos violinos e dos clarinetes, a orquestra introduziu o tema seguinte. Quando os baixos e as guitarras se juntaram a esta, a delicadeza e suavidade passaram a protagonizar um clima mais denso e melancólico, transmitido ao público através do ritmo lento da música e até mesmo das luzes escuras que iluminavam o palco.
Após o segundo tema apresentado, a orquestra da Academia de Música de Viatodos retirou-se do palco, restando apenas os baixos, as guitarras e a bateria. Imediatamente a seguir, começaram com um ritmo mais intenso e acelerado e chegaram, também, a entrar na linha da música de intervenção, com o tema “Toureiro” que critica as touradas, da banda barcelense, Azia.
Foi com uma grande atitude e energia em palco que os músicos conseguiram captar a atenção do público, tornando-se mesmo impossível para este permanecer quieto e em silêncio ao som dos temas apresentados.
Para fechar o espetáculo, a orquestra voltou a entrar em palco e o último tema a ser tocado foi “Rock rola em Barcelos”, também da autoria dos Rendimento Mínimo, levando, assim, a plateia à euforia.
Quando acabaram de atuar, foi notória a felicidade e entusiasmo dos espetadores, que agradeceram o concerto com gritos, assobios e uma prolongada salva de palmas, entoada por toda a sala. Algumas pessoas presentes no auditório chegaram mesmo a pedir, em tom de brincadeira, por “mais 21 músicas”.
“Vou-te contar uma história sobre Barcelos” perspetivou uma parte da história de Barcelos, enquanto cidade criativa no campo da música, através da interpretação de algumas canções que representam várias épocas e diferentes perspetivas do rock da região.