Para além de várias tunas, também pisaram o palco convidados especiais como Daniel Pereira Cristo e Os Azeitonas.
No passado fim de semana, o Celta, organizado pela Azeituna, regressou ao Theatro Circo para a XXV edição. Este ano foi homenageada a música Portuguesa.
A noite de sexta-feira iniciou-se num tom descontraído, com Daniel Pereira Cristo, cantor bracarense, que começou a sua carreira musical na Azeituna. Subiu a palco acompanhado pelos sete membros da sua banda e pelo seu fiel cavaquinho.
O cantor foi transmitindo ao longo da sua atuação mensagens positivas e repletas esperança, aconselhando as pessoas a “pensarem mais em viverem as suas vidas, em vez de se dedicarem aos males que existem no mundo” que, segundo ele, sempre existiram.
Refere ainda sentir um “orgulho tremendo” por estar a tocar na sua cidade e no meio dos seus amigos, a Azeituna.
Seguiu-se a atuação da Azeituna, que lança desafio de trazer o melhor da música portuguesa ao palco. “Obrigado por continuarem a apostar no celta”, exaltou o porta-voz da tuna organizadora.
A noite continuou com a Tuna Universitária do Minho, sendo seguida pela Tuna de Engenharia da Universidade do Porto, que tocou a música “Amar Pelos Dois”, de Salvador Sobral, e introduziu um momento de comédia com “Zé Barradas”, figura caricatural.
O encerramento da primeira noite esteve a cargo da Tuna Estudantina Universitária de Coimbra que, entre várias músicas, interpretou o poema de Luís Vaz de Camões “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades”, que também já foi musicado por José Mário Branco.
Canções sobre aviões e miúdas como pratos fortes
O segundo dia do festival começou de forma diferente: entraram em palco membros da Azeituna, encenando pequenos sketches de humor, momentos cómicos que se foram repetindo ao longo dos intervalos.
A primeira tuna em palco, Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico, elaborou trocadilhos com várias músicas portuguesas, mudando letras de forma a incluírem a cidade de Braga. O foco principal dirigiu-se, contudo, à atuação de solista, ao qual a plateia aplaudiu fortemente, havendo várias pessoas a levantar-se.
A Tuna Académia do IPCA interpretou várias músicas portuguesas, desde José Cid, a Resistência, incluindo uma homenagem a Zé Pedro, falecido membro da banda Xutos e Pontapés.
Vinda da Beira Interior, a Desertuna (Tuna Académica da Universidade da Beira Interior) destacou-se na sua apresentação pelas energéticas pandeiretas e rosas que atiraram ao público.
Durante o intervalo que preparava a entrada d’Os Azeitonas, o apresentador Super Kuoiso elaborou um pequeno concurso com o público que aludiu ao tema do festival: a música portuguesa. O vencedor levou para casa a discografia da Azeituna.
Os Azeitonas, convidados especiais, entraram, então, em palco cantando “Efeito do Observador”, tema do último álbum do grupo.
“É bom voltar aqui, sempre fomos bem recebidos”, disse Marlon, vocalista da banda, assim que terminou a primeira música. O espírito natalício faz-se sentir quando cantaram a música intitulada “Natal de Verdade”.
Nena, vocalista d’Os Azeitonas, cantou a música “Desenhos Animados”, tema familiar ao público que acompanha a cantora.
Os êxitos “Anda Comigo Ver Os Aviões” e “Quem És Tu Miúda” também não faltaram, fazendo-se ouvir a voz do público nestes momentos.
Em conjunto com a banda convidada, a Azeituna regressou mais uma vez ao palco para se proceder à entrega de prémios. O prémio de melhor tuna foi atribuído à Tuna Estudantina Universitária de Coimbra e o prémio XXV Celta, entregue à tuna que melhor se adapta ao tema, foi para a Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico.
Como convidados surpresa, subiu a palco a Tun’Obebes, que interpretou “Tudo O Que Eu Te Dou”, de Pedro Abrunhosa.
A XXV edição do festival Celta encerrou com “Um Beijinho”, canção de Herman José, e com um apelo à valorização da música portuguesa.