Aquaman, após dois anos de realização é o novo filme a juntar-se ao Universo DC. Realizado por James Wan, conta-nos a história de um dos mais emblemáticos super heróis do mundo da banda desenhada.
O herói, interpretado por Jason Momoa, já esteve presente em outros filmes da mesma natureza, como em Liga da Justiça, onde o personagem Aquaman se junta a outros heróis para salvar o mundo. Contudo este novo filme é inteiramente seu e dá aos fãs a possibilidade de ver a sua origem com personagens reais.
O início do filme dedica-se a exatamente a mostrar como os pais de Aquaman se conheceram e como da sua paixão resultou o nascimento de Arthur. Esta história de amor que funciona como abertura para o filme tem pouco de normal. O pai de Arthur, Tom Curry, vigia de um farol, encontra Atlanna, rainha da Atlântida, ferida e inconsciente na costa e decide ajudá-la, levando-a consigo. Descobrem que são de mundos completamente diferentes, pois Tom é um humano como qualquer outro, mas Atlanna tem poderes extraordinários e vem da cidade de Atlântida, que se encontrava no fundo do mar. Há muito tinha sido prometida a sua mão em casamento a um outro rei, mas incapaz de casar sem ser por amor, Atlanna foge e quando se apaixona por Tom pensa em nunca mais voltar.
Deste amor nasce Arthur que para Atlanna simboliza a união entre a Terra e o Mar, mas ela percebe que se não voltar a sua família nunca terá paz e acaba por regressar a casa, onde casa como prometido e tem o seu segundo filho. Arthur cresce apenas com o pai, mas desde cedo descobre a sua ligação com o mar e os poderes que possui. É treinado por um amigo fiel de Atlanna e, já mais velho, usa o que aprende para defender o seu povo. Assim nasce o Aquaman, defensor de todos.
O filme não dedica demasiado tempo a contar os acontecimentos do passado. Rapidamente nos encontramos no momento presente e é revelado o conflito principal, à volta do qual irá decorrer a ação. O segundo filho de Atlanna, rei Orm, atual rei da Atlântida, pretende atacar os humanos, culpando-os por séculos de destruição dos oceanos. A única forma de o impedir será se Aquaman se tornar o novo rei de Atlântida roubando esse título ao seu meio irmão, já que ele é o legítimo rei.
A narrativa desenrola-se de forma bastante fluída. Se nos distraímos por momentos com certeza perderemos algo importante. Por isso, grande parte do espaço do filme é preenchido com ação e muitas cenas de luta. No entanto, o realizador conseguiu trazer algum equilíbrio à história introduzindo elementos cómicos. A própria personagem principal, Aquaman, não perde nenhuma oportunidade para ser engraçada, ainda que nas piores situações possíveis.
Os atores conseguiram tornar as personagens bastante identificáveis, carregando-as de emoções, o que facilitou a criação de uma ligação entre estas e o público. Os visuais do filme são também extraordinários, sobretudo por nos darem a conhecer um lado do mundo que poucas vezes vemos: a vida debaixo do oceano. O filme aposta nesta descrição mantendo-se fiel ao real, mas introduzindo apontamentos de ficção. Sobretudo no que diz respeito à imagem de Atlântida, que ficará na nossa memória. Repleta de cor e criaturas marinhas, sentimo-nos parte daquele mundo.
Apesar de ter um final bastante previsível e de comportar elementos que alguns criticam como sendo aleatórios e sem sentido, no geral a história funciona na perfeição. Segue a linha de ação típica dos filmes deste género, mas sempre com as diferenças que o tornam único. Com histórias, música, visuais e personagens distintas, o filme consegue surpreender pela positiva, ao dar a conhecer mais sobre um super herói que nem sempre tem o mesmo reconhecimento que outros. Afinal a sua história já merecia uma presença no grande ecrã.