O ATP Auckland é a primeira prova da época. O atleta vimaranense é o português mais bem posicionado no ranking mundial.
A poucas horas de arrancar oficialmente para a nova temporada em Auckland, João Sousa parte para a 11.ª temporada no ATP World Tour no 44.º lugar do ranking mundial. O tenista de 29 anos, natural de Guimarães, inicia o novo ano com o objetivo de melhorar o registo obtido em 2018. Para além disso, também faz parte das metas do atleta orientado por Frederico Marques a defesa do título conquistado no Estoril Open, no ano passado.
A competição de pares é, também, uma das apostas do português, que há um ano era o 236.º do mundo nessa vertente, surgindo, agora, no 45º lugar. Na época passada, João Sousa fez par com o espanhol Pablo Carreño Busta e chegaram à final do Masters 1000, em Roma.
Na variante de singulares, o calendário ainda não está totalmente definido, estando ainda por decifrar alguns destinos por onde Sousa vai passar. Para já, a época do vimaranense arranca em Auckland, na Nova Zelândia, onde vai ter pela frente o jovem Denis Shapovalov. A cidade neozelandesa já é habitual ponto de paragem para João Sousa e, ao mesmo tempo, um local de boas memórias – em 2017, atingiu uma das dez finais de singulares que disputou até à data.
De Auckland a Melbourne é um instante. E é em Melbourne Park que se vai jogar o primeiro Grand Slam da temporada, o Open da Austrália. Na lista de inscritos já consta o nome do ‘conquistador’ que, dada a sua classificação, tem entrada direta no quadro principal da prova.
Com Melbourne e os courts de piso rápido para trás, João Sousa vai prosseguir a temporada noutro continente e noutra superfície. Assim, será em terra batida, na cidade de Buenos Aires, na Argentina, que o antigo número 28 mundial vai brilhar entre os dias 11 e 17 de fevereiro.
Daqui para a frente, torna-se tudo uma incógnita. Ainda não existem mais confirmações oficiais de por onde Sousa passará. No entanto, é seguro dizer que os outros três Grand Slams-Roland Garros, Wimbledon e U.S. Open- fazem obrigatoriamente parte do calendário traçado pelo tenista luso. Para além disso, também os torneios Masters 1000, que se realizam em diversas cidades de todo o mundo, devem continuar a ser opção.
As diferenças de calendário em relação a 2018 podem estar nos torneios ATP 500 e ATP 250, onde os tenistas optam, ou não, por variar os destinos sem terem grandes implicações em termos classificativos. No espaço de uma semana podem existir vários ATP 250 em simultâneo. Neste caso, os tenistas escolhem se querem jogar num local diferente.
É impossível, no entanto, esquecer o Estoril Open. A passagem por Estoril é quase obrigatória no calendário de qualquer tenista português e João Sousa não é exceção, não tivesse sido o primeiro tenista luso a conquistar a prova. O facto de procurar defender o título esta época é outro dos aliciantes para a temporada que aí vem.
Os dados estão lançados. O principal objetivo de Sousa passará sempre por fazer o melhor possível e tentar superar a prestação da época anterior. Esta segunda-feira escreve-se, em Auckland, a primeira página do livro e pela frente está um ‘osso duro de roer’. Mas se há algo que a carreira de João Sousa tem mostrado é que é nas alturas de maior adversidade que o seu melhor ténis vem ao de cima. E, mesmo quando tal não acontece, o espírito lutador do vimaranense nunca falta à chamada e é o primeiro fator a galvanizá-lo para lutar pelo resultado até ao final.