A obra de 5,3 milhões de euros será da responsabilidade da empresa Construções Amândio Carvalho.
O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, José Maria Costa, anunciou esta quarta-feira que o Tribunal de Contas autorizou a empreitada para a construção dos acessos ao Porto de Mar de Viana do Castelo. A obra, que tem vindo a ser reivindicada há quatro décadas, deve arrancar até ao fim deste mês.
A construção de mais 5,3 milhões de euros, cuja concessão foi anunciada pela Câmara Municipal de Viana do Castelo, é da responsabilidade da empresa Construções Amândio Carvalho.
A rodovia de 8,8 quilómetros, que pretende ligar o porto comercial ao nó da autoestrada A28, em São Romão de Neiva, foi aprovada por unanimidade pela câmara em novembro de 2018. Esta ligação procura retirar o tráfego de pesados do interior das vias urbanas.
A obra, inserida na Estratégia para o Aumento da Competitividade Portuária, levada a cabo pelo atual Governo, é financiada pela Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo e pela CM de Viana do Castelo. O prazo de execução é de 18 meses.
Município considera infraestrutura “uma plataforma de internacionalização do tecido económico da região”
O Porto de Viana do Castelo “com capacidade instalada para movimentar cerca de 900 mil toneladas de carga por ano, é um elemento âncora para o desenvolvimento da região de Viana do Castelo”, como referia a maioria socialista, em maio de 2018.
Para o município, a infraestrutura é “uma plataforma de internacionalização do tecido económico desta região, sendo fator de atratividade de novas empresas e indústrias que se queiram instalar no Alto Minho”.
Para além disto, a autarquia salienta ainda que a empreitada “é fundamental para o reforço da capacidade operacional e para garantir o crescente aumento de movimento do porto comercial, em especial, das exportações, resultante da dinâmica comercial das empresas instaladas na região”.
Num despacho publicado em Diário da República, em abril de 2018, Ana Paula Vitorino, ministra do Mar, afirmou “o caráter de urgência da expropriação em causa, atendendo ao interesse público da obra”.
Esta ligação é, nas palavras da ministra, “uma acessibilidade determinante para a competitividade e operacionalidade do porto de Viana do Castelo com um perfil de exportação crescente, possibilitando o reforço das condições de atratividade empresarial da região”.