Tempos positivos no El Royal

Um filme com atores de grande reconhecimento, Sete Estranhos No El Royal cria suspense e ansiedade. Com uma duração indesejada, mas uma estética agradável ao olhar, não deixa de surpreender.

Um hotel uma vez famoso e bem gerido é o palco da ação. Comparecem várias personagens no hotel, que separa o estado do Nevada do da California por uma simples risca vermelha no chão. Um padre chamado de Father Daniel Flynn (Jeff Birdges), um vendedor de aspiradores chamado de Laraime Seymour Sullivan (Jon Hamm), Darlene Sweet, uma cantora (Cynthia Erivo) e uma jovem mulher misteriosa e charmosa que assina o livro de entrada com um simples “fuck you”, protagonizada por Dakota Johnson.

Todos sentem alguma apreensão uns com os outros, não dando muita confiança. A verdade é que quase todas as personagens têm algo a esconder, durante o tempo que se encontram no hotel. São todos diferentes entre si, mostrando diversidade de personalidade, idade e gênero. Conseguimos ser surpreendidos pela forma como agem e abordam as questões mais importantes.

Sete Estranhos no El Royale mostra os pontos de vistas dos diferentes protagonistas, vemos a forma como na mesma cena lidam com a mesma situação. Também comparecem cenas de flashbacks onde conseguimos observar o passado de cada um, acabando por se revelar desta forma o seu segredo ao público.

Durante a história vemos os segredos a serem revelados e as personagens a irem-se relacionando umas com as outras de alguma forma. Varia entre momentos de maior tensão e violência para momentos mais calmos e pacíficos. Ao longo do filme temos alguma presença de comédia, principalmente com a personagem protagonizada por Jon Hamm, o que faz com que a audiência relaxe, sem estar à espera dos momentos de suspense que estão para vir.

A estética da película é agradável ao olhar. Cores como o laranja e o amarelo estão muito presentes, o que liga bem com finais da década de 60, quando ocorre a história. O azul e o roxo também predominam, principalmente em cenas mais dramáticas. No que toca ao vestuário, este demonstra autenticidade para com a época da trama.

Um lado mais negativo é ser um filme demasiado longo, tendo alguns momentos mortos. Isto leva a que sintamos necessidade de ou passar à frente ou distrair-nos com outra coisa. Também chega a ser um pouco confuso perto do final da história, o que nos pode fazer questionar sobre o que se está a passar e porquê.

Por fim, posso dizer que recomendo a visualização de Sete Estranhos no El Royale, dado que dá para ocupar bem o tempo e ficar satisfeito com o que se vê. Chega a ser diferente de muitos filmes de hoje em dia e ao ter bons atores presentes, também leva a que seja mais credível por ser bem protagonizado.