A nível nacional, 17 mil estudantes não sabem se têm ou não direito a bolsa de estudo. Este atraso deve-se a um erro informático.

A chegar ao início do segundo semestre, 1143 alunos da Universidade do Minho continuam à espera de resposta sobre a bolsa de estudo. São números que correspondem a uma análise feita no mês de dezembro na instituição minhota.

Em declarações à Rádio Universitária do Minho (RUM), Nuno Reis, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), salienta que, em comparação com dezembro de 2017, mais “mil alunos” aguardam uma decisão por parte dos serviços da universidade.

O presidente da AAUM sublinha que “nos últimos dados do mês de dezembro estavam cerca de 82% dos processos analisados. Já no mesmo período do ano passado, cerca de 96% dos processos já tinham sido analisados. Esta diferença transmite-se em cerca de 1143 estudantes da UMinho que estão à espera de uma resposta, um número grande tendo em conta que existem seis ou sete mil alunos que se aplicam ao estatuto de bolseiro”.

Nuno Reis frisa que se trata de uma situação “grave” porque as “famílias e os estudantes poderão ter de adiantar dinheiro para poder manter os seus filhos a estudar”. Ainda assim, o representante dos estudantes minhotos acrescenta que, apesar de ser complicado prever um prazo de resposta, “no final de fevereiro ou até mesmo final de março já estarão todos os processos analisados”.

A causa deste atraso resulta de problemas informáticos, detetados pela Direção- Geral do Ensino Superior, no início do ano letivo. Esta demora já tinha sido denunciada pelos alunos em meados de setembro, altura em que o governo garantiu que o processo decorria com normalidade.

Em Portugal, ainda há quase 17 mil estudantes que esperam uma resposta dos serviços de ação social de universidades e politécnicos. Até dezembro, foram pagas 50.502 bolsas de estudo, valor inferior ao registado no mesmo mês do ano anterior, altura em que foram pagas 54 874.