Amar-te à meia noite: onde o amor foi maior do que a doença

“Amar-te à meia noite”, lançado em 2018, é um romance e drama dirigido por Scott Speer e escrito por Eric Kristen. Baseado num filme de 2006 com o mesmo nome, esta é uma história que comove e mexe com o espetador. Sem dúvida muito emocionante, mas ao mesmo tempo incentivadora para todos nós.

Katie Price é uma rapariga que à partida nos parece completamente normal e saudável. No entanto, tem uma doença muito rara denominada de Xeroderma Pigmentosum (XP), que se trata de uma desordem genética de reparação do DNA, que a impede completamente de estar exposta à luz solar. Dado isto, toda a sua vida até à adolescência é passada em casa, apenas observando o que se vai passando do lado de fora.

As janelas encontram-se protegidas e Katie vive com o seu pai que é também ele muito protetor. Apesar disso, ela gosta imenso dele e considera-o o melhor pai de sempre. Todos os dias observa do seu quarto um miúdo, Charlie, e ganha um carinho muito especial por ele. Um dia, já mais crescida, vai à rua numa noite tocar viola, uma das suas paixões e, por mero acaso, Charlie vai ao seu encontro. Katie é muito envergonhada e é engraçado ver em ecrã a forma como reage das primeiras vezes que se encontra com Charlie.

Este personagem, interpretado por Patrick Schwarzenegger, representa um rapaz popular na sua escola com tudo para se sentir bem na vida, mas que, na verdade, não se encontra feliz. Katie é a responsável por trazer a sua alegria de volta. Já ele vem iluminar e realizar um dos maiores sonhos da jovem. Vão assim construindo uma relação com encontros apenas à noite, pois segundo Katie esta está sempre muito ocupada de dia, mas à noite encontra-se livre. Nunca contou a verdade sobre a sua doença a Charlie até ao momento em que ele descobre. Tinha medo que, ao lhe contar-lhe, este a deixasse de ver como uma rapariga normal e que começasse a ver nela apenas uma doença. Charlie prova-lhe exatamente o contrário.

As músicas que acompanham as diferentes ocasiões vão sendo adequadas ao momento em questão. Quanto ao elenco, contamos com a participação de Bella Thorne, Patrick Schwarzenegger, Rob Riggle, Quinn Shephard, Ken Tremblett, Jenn Griffin, Nicholas Coombe, Tiera Skovbye e Paul McGillion. No geral apresentam todos uma boa interpretação dos diferentes personagens. Quanto a aspetos mais negativos acerca de “Amar-te à meia noite” pode referir-se que em alguns momentos recorre um pouco ao exagero.

No geral, estamos perante uma espetacular história onde o amor foi maior do que uma doença e a possibilidade, ou mesmo certeza, do sofrimento que isso poderia causar. Os momentos bons cobriram sem dúvida tudo o resto num filme que acarreta várias lições de vida! Há imensas coisas que julgamos que somos incapazes de realizar, o que não é de todo verdade. Funciona também como um incentivo para lutarmos pelos nossos sonhos e objetivos que se tratam de algo possível, ao contrário do que muitas vezes poderemos pensar.