A greve climática estudantil realizou-se em 106 países. Braga e Viana do Castelo foram duas das 26 cidades portuguesas que aderiram ao protesto.
Centenas de estudantes manifestaram-se, esta sexta-feira, contra as alterações climáticas em vários pontos do país. As cidades de Braga e de Viana do Castelo foram também espaço de protesto. Entre discursos, gritos, cânticos e cartazes de sensibilização, os alunos fizeram-se ouvir através dos megafones: “deixa passar, sou ativista e o planeta vou salvar”.
Os jovens reivindicam medidas políticas urgentes para travar alterações climáticas, como o fim da exploração dos combustíveis fósseis e um maior investimento nas energias renováveis. Luís Cruz, um dos fundadores da greve estudantil pelo clima realizada em Braga, revela que o principal objetivo da iniciativa é combater a ineficácia que se tem vindo a verificar em relação às medidas implementadas, tanto a nível global como em Portugal. Na sua opinião, a adesão foi positiva, contudo, confessa terem existido vários entraves à realização da manifestação. “Ao início foi difícil os estudantes aderirem pelo receio de terem faltas na escola”.
Vários estudantes saíram à rua. Sofia Magalhães e José Nogueira, alunos de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho, foram dois dos protestantes. Em dupla, os seus gritos ecoaram pelas ruas, mostrando a força do movimento. O objetivo é comum: a luta pelo planeta. “É o nosso planeta, a nossa casa”, afirmam os jovens. Alertam para a responsabilidade que as grandes empresas e os governos têm em relação a este problema. José Nogueira acrescenta, ainda, que é necessário “gritar pelo planeta e que basta de adiamento de políticas.”
Já Maria Pereira, estudante do ensino secundário, na área de Ciências e Tecnologias, considera que “Portugal já está a fazer bastante”, contudo, não é suficiente. Maria Pereira deixa, ainda, uma mensagem para todos aqueles que não vêm isto como uma preocupação global: “isto é um problema grave, é necessário acordar e pensar nas gerações futuras que isto vai afetar. Amanhã pode ser tarde demais”.
Lucas Esteves, organizador do protesto em Viana do Castelo e estudante de Línguas e Humanidades, admitiu, no final da manifestação que percorreu a Avenida dos Combatentes, não esperar “tanta gente numa cidade destas dimensões”. A ideia inicial era ir de autocarro para o Porto, mas mostrou-se satisfeito por ter ficado em solo vianense.
“Eu estou aqui hoje porque acredito que a nossa geração é capaz de fazer uma diferença”. Esta foi a mensagem que os alunos de Viana do Castelo quiseram deixar. Em vários pontos da cidade pediram explicações: “Ó senhor ministro, explique por favor, por que é que no inverno ainda faz calor?”. Os estudantes esclareceram que os cartazes seriam reutilizados noutras situações semelhantes. “Não nos vamos calar e voltamos para a rua sempre que for preciso”, confessou Lucas Esteves.
No total, a greve climática estudantil contou com 1.693 manifestações, distribuídas por 106 países. Em Portugal, 26 cidades juntaram-se ao protesto.
Cátia Barros e Isabel Marques
Maio 26, 2019
Verdade santa ignorância…que rica forma de combater a poluição ambiental: FAZER LIXO. Bravo.Estes jovens deveriam ser ensinados que o combate à poluição deve ser feito por cada um de nós. A responsabilidade é de cada um de nós. Mas acham que as manifestações servem para tudo e nem pensam no que estão a fazer. Meus caros Jovens se querem proteger o ambiente e o clima consumam menos telemóveis, capas e outros apetrechos para os telemóveis, comprem menos sapatos, comprem menos roupa, menos jogos, vejam menos televisão, brinquem mais ao ar livre, não joguem lixo para o chão. Comprem produtos fabricados o mais perto possível de vossa morada. Sejam muito menos consumistas. Já senhores jornalistas façam o favor de mostrar como ficam as ruas depois destas manifestações.