Acrobacias exuberantes, música, fitas e bandeiras preencheram o Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de espírito académico.

Decorreu este sábado a quarta edição do Magna Augusta, o festival organizado pela Augustuna. O espetáculo encheu o auditório do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, em Braga, e contou com tunas de todo o país para uma noite com muita música e espírito académico.

A apresentação do festival ficou ao cargo dos Jogralhos, que entretiveram o público presente com o humor característico do grupo, abrindo o espetáculo com quatro jovens a falar ao mesmo tempo, até que um deles apresenta a Augustuna.

O azul por entre o manto estudantil preenchia o palco. A tuna anfitriã abriu em grande a Magna Augusta com o tema “Vinho do Porto”, de Carlos Paião, que para o grupo “é uma música muito importante”, disse um dos membros da Augustuna. “Moçoila” cantou-se a seguir, onde uma voz ímpar e genuína conduziu toda a música.

Antes de receber as tunas convidadas, os jograis proporcionaram um momento cómico à plateia, ao satirizar um telefonema de Marcelo Rebelo de Sousa.

A primeira tuna a concurso foi a VenusMonti, da Faculdade de Direito de Lisboa. Pela distância que separa estas duas cidades, um membro da tuna, no intervalo das músicas, elogiava Braga: “Não chores Braga. É que ao ver o teu sorriso choram eles por serem de Lisboa”. A VenusMonti encerrou a atuação com o tema “O Que Faz Falta”, apreciada pelas batidas nos bombos e pelo forte som das cordas.

A TDUP (Tuna do Distrito Universitário do Porto) foi a segunda a subir ao palco, com um homem ao centro de capa traçada e os restantes em anfiteatro, de instrumento ao peito. Estava montado o cenário para interpretar o tema “Vejam Bem”. Por último, uma melodia muito querida para eles, “Meu Porto Sem Par”, deixando elogios a Braga e agradecendo por mais um ano o convite.

Era hora de ouvir a Tun’Obebes. A atuação iniciou com um original, “Capas negras”, que fala sobre a saudade de ser estudante. Quatro raparigas, ao centro, dançavam com as suas capas. Com vozes a parecer uma só, as palavras “eterna academia” foram as últimas serem proferidas.

A Imperial TAFFUC (Tuna Académica da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra), após o intervalo, fez as honras da casa. Entoaram temas como “Lágrimas de Maio”, “Impérios” e “Cidade de Fitas”, todas elas carregadas com o tão típico sentimento de Coimbra. As vozes graves preenchiam todos os recantos da sala, não deixando ninguém indiferente.

A quarta edição do Magna Augusta terminou da mesma forma que começou, com a Augustuna em palco. Fica na memória uma noite marcada pelo talento, pelas palmas e pela boa-disposição.