Centro de Medicina Digital P5 abrange 15 mil utentes do distrito de Braga.

O comissário europeu Carlos Moedas inaugurou, esta segunda-feira, o Centro de Medicina Digital P5, na Universidade do Minho (UM). Trata-se de um modelo pioneiro de cuidados de saúde que alia o digital e a componente humana da Medicina.

O objetivo do Centro de Medicina Digital P5 é aproximar os profissionais de saúde dos doentes crónicos, apostando em diagnósticos mais rápidos e num acompanhamento digital frequente e eficiente.

A cerimónia de apresentação pública do Digital P5 contou com as intervenções de Nuno Sousa, diretor do Centro de Medicina Digital P5, o reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro e o comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas.

Para o membro da Comissão Europeia, este é um projeto que permite fazer uma “fusão do físico com o digital”, sendo isso “poderosíssimo na Medicina”. As relações humanas são, nas palavras do comissário europeu, o mais importante e, por isso, “a Inteligência Artificial não vai substituir os médicos, mas vai fazê-los melhores médicos”. “A complementaridade entre o homem e a máquina fará a diferença”, acresecentou.

Nuno Sousa pretende, com este projeto, “promover uma melhor interação entre os cuidados de saúde, para orientar melhor os doentes”. Segundo o diretor do novo Centro de Medicina, vão ser usadas “novas tecnologias para resolver velhos problemas”. “O P5 ira triar e orientar pessoas, promover intervenções terapêuticas inteligentes, personalizadas e informadas” em doenças como a diabetes e a hipertensão que afetam muitos portugueses, acrescentou.

Já o reitor da UM destacou que este é “um projeto inovador, socialmente e indiscutivelmente relevante”. O Centro Digital P5 “responde a necessidades reais que o nosso país e as nossas populações têm”, acrescentou. Além disso, destacou a multidisciplinariedade do Centro que conta com uma equipa formada por médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e outros profissionais de saúde.

A experiência que surge da parceria entre a Escola de Medicina da Universidade do Minho e a Administração Regional de Saúde do Norte pode vir a ser generalizada a todo o território nacional e até ser exportada para outros países. Numa primeira fase, o projeto abrange 15 mil utentes e três Unidades de Saúde Familiar (USF) do distrito de Braga.