Abril é o mês da prevenção aos maus tratos na infância. Iniciativa é organizada pelas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) em todo o país.

Valença dedica o mês de abril aos maus tratos infantis. A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens da cidade aderiu à iniciativa nacional “Campanha do Laço Azul” e, durante todo o mês, está a dinamizar várias ações junto dos agentes educativos e da comunidade local.

Em declarações ao ComUM, a presidente da CPCJ de Valença, Filomena Caldas, afirma que “culturalmente as pessoas ainda acham que maus tratos é só bater”. Além disso, refere que “mais importante do que falar de maus tratos é falar de como devemos educar”. Para Filomena Caldas, “esta é melhor forma de prevenção dos maus tratos na infância”. Assim, reforça a ideia de que “a violência não é só bater, é também a negligência” e o que o que a comissão faz “ é dar competências aos pais”.

Cada CPCJ tenta adequar as atividades às problemáticas que tem. A questão “mais sinalizada no município de Valença é a violência doméstica”, afirma a presidente. Mas “como neste momento a violência no namoro tem-se tornado mais presente”, a comissão pretende “sensibilizar os jovens nas escolas para a violência no namoro, ajudando-os a identificar o problema e como devem proceder”, esclarece.

A presidente da CPCJ de Valença revela que a “recetividade por parte da comunidade é ótima”. Porém, gostava que tivesse “um maior impacto”. “Temos a sensação que ainda há muito mais onde precisamos de chegar e onde ainda não conseguimos chegar”, conclui Filomena Caldas.

Para esta mês estão agendadas inúmeras ações, designadamente a distribuição de informação, laços e pulseiras nos serviços públicos, comércios e estabelecimentos do pré-escolar e 1º ciclo. A marcha do laço humano (realizada por todo o país) e “Maia dos Afetos” serão outras das atividades previstas.

A CPCJ conta com o apoio do Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho e da GNR para a realização destas iniciativas.