Clube vai ter eleições antecipadas. Júlio Mendes lidera o Vitória SC desde 2012.

O presidente Júlio Mendes e a restante direção do Vitória SC apresentaram esta segunda-feira a demissão, num comunicado à imprensa, sem direito a perguntas, realizado na academia do clube. Em causa está o “clima de guerrilha, intrigas e insultos” que, segundo o dirigente, se vive na formação vitoriana.

Além do ainda líder do emblema vimaranense, os vice-presidentes da direção, Pedro Coelho Lima, Armando Marques, Hugo Freitas e Francisco Príncipe – os três últimos também fazem parte do Conselho de Administração da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) – solicitaram a saída do Vitória SC. Júlio Mendes justificou a decisão com o facto da “exigência dos adeptos” não ser “compatível com a falta de investimento na SAD”.

“Os sócios querem manter o modelo atual da SAD, condenando-a à estagnação. Este modelo não oferece condições mínimas de investimento. O último investimento feito por acionistas na SAD foi há três anos”. Júlio Mendes acrescenta ainda que existe “um clube totalmente dividido entre os que estão a favor e contra a direção, que agora cai”. Há cerca de um mês, Mário Ferreira, acionista maioritário da SAD, com 60%, tinha alertado para a “necessidade de mexer na estrutura da SAD”.

De acordo com o jornal A Bola, Júlio Mendes não se vai candidatar a um novo ato eleitoral, que tem de ser marcado num prazo de 45 dias pela assembleia-geral do clube. Apesar disso, vai continuar à frente da direção e da SAD até que seja escolhido um novo presidente.

No cargo desde 2012, Júlio Mendes deixa o Vitória SC numa altura em que faltavam dois anos para acabar o terceiro mandato. No último sufrágio, realizado em março de 2018, derrotou Júlio Vieira de Castro, com 51% dos votos.