A poucos dias da greve climática estudantil, os alunos de Ciências da Comunicação sensibilizam a comunidade minhota através de uma exposição.

A exposição “CC Faz pelo Clima”, organizada por um grupo de alunos do curso de Ciências da Comunicação (CC), está patente no Complexo Pedagógico l do Campus de Gualtar da Universidade do Minho. A iniciativa, que começou na terça-feira e termina esta sexta-feira – dia da Greve Climática Estudantil –, tem como objetivo sensibilizar os estudantes da academia minhota para as alterações climáticas.

As mensagens presentes nos cartazes mostram vários problemas que causam as alterações climáticas, como a exploração de energia fósseis, a indústria e a emissão de gases poluentes. Expressam, também, a urgência de uma transformação: o uso cada vez maior de energias renováveis. Assim, reduz-se a pegada carbónica. A meta é o ano de 2030 e o objetivo é a ausência carbónica total.

Para além de informar sobre os problemas, os cartazes apelam, também, a uma mudança de atitude. Segundo a professora Sara Balonas, a quem se deve a conceção e a exposição dos cartazes, muitas vezes as pessoas estão “de acordo com uma ideia”, mas por vários motivos, como a inércia e o desconhecimento sobre o assunto, impedem a transformação da “atitude em ação”.

Com isto, a professora da Universidade do Minho afirma que “mais do que dar a conhecer, a exposição pretende induzir à ação”. Apesar de as questões ambientais estarem presentes na agenda mediática, é preciso que “os alunos aumentem o conhecimento sobre a problemática e se sintam ainda mais envolvidos”.

Já para o organizador da greve climática estudantil em Braga, Carlos Machado, a iniciativa “CC Faz pelo Clima” é “uma lufada de ar fresco”. Acredita que contribui “de uma forma significativa” para a participação da comunidade estudantil na greve. Especialmente porque há contacto de estudantes para estudante, emergindo a “necessidade, responsabilidade e vontade de conquistar um futuro sustentável para todos e todas”.

As expetativas para a greve desta sexta-feira “são positivas”, pois mais cidades vão aderir, como é o caso de Guimarães. Apesar de não haver certezas do número de estudantes que vão participar, Carlos Machado está confiante de que a visibilidade que a greve climática tem junto da comunidade estudantil, através da distribuição de panfletos e de oficinas de cartazes, faça nascer “uma vontade de conquistar o futuro”. Consciencializa, ainda, o público para a “necessidade de justiça climática”.