O diretor desportivo do Lille destacou a qualidade dos atletas africanos e a importância que estes podem vir a ter. Evento da ProScout contou com cerca de 230 pessoas.

O Altice Fórum Braga recebeu, este sábado, o I Scout Talks, conferência organizada pela ProScout. O evento, moderado por Pedro Filipe Maia, contou com a participação de grandes nomes do futebol, que discutiram diversos aspetos do jogo.

Abel Ferreira, treinador do SC Braga, acredita que, mesmo com críticas e derrotas, “agarrar-se ao que se acredita é a maior vitória”. O comandante da formação bracarense abordou ainda a forma como lida com os resultados: “Quando perco, quero perder com as minhas conviccções e quando ganho, quero ganhar com as minhas convições também”.

O treinador adjunto do Vitória SC, Vítor Severino, defende que só é possível definir um modelo de jogo levando em conta o contexto em que se está inserido. Para convencer os jogadores a seguirem o modelo de jogo definido pelo treinador, Severino afirma que “é necessário fazer com que eles se apaixonem pela forma de jogar”.

No painel sobre a formação de jogadores em Portugal, o treinador da equipa sub-23 do Sporting CP, Alexandre Santos, referiu que, nestes escalões, “não só se encontra jogadores com grandes ilusões, mas muitos jogadores com grandes desilusões”. O técnico dos leões assumiu mesmo que lidar com esta questão foi um dos maiores desafios que teve ao longo da época.

Quanto aos guarda-redes, Nuno Santos, treinador de guarda-redes do Lille OSC, deu ênfase ao facto de o treino específico da posição ser recente. Por seu lado, treinador de guarda-redes do SC Braga, Jorge Vital, refere que “o guarda-redes tem que ser um atleta completo”, já que hoje em dia é muito mais solicitado a jogar com os pés.

Na conversa sobre scouting, o scout do FC Barcelona, Daniel Barreira, salientou que “há bons jogadores em determinados contextos”. Luís Campos, director desportivo do Lille OSC, referiu que “quem escolhe os melhores está mais perto de ganhar e do sucesso” e que “o continente africano é o futuro do futebol”.

Para além destes temas, também o direito desportivo e a análise marcaram presença no Scout Talks. Segundo Francisco Gomes da Silva, um dos responsáveis pela ProScout, o evento contou com cerca de 230 pessoas.