As áreas circundantes das escolas são um dos locais onde é necessário ter maior atenção.

A associação Braga Ciclável reuniu, no passado dia 3 de junho, com a concelhia do CDS para apresentar o movimento #BragaZeroAtropelamentos e para discutir assuntos relacionados com a mobilidade pedonal e em bicicleta. Neste encontro, estiveram presentes Altino Bessa, Francisco Peixoto, João Medeiros, Luís Pedroso e Rafael Oliveira, do CDS-PP, e Arnaldo Pires, Mário Meireles e Victor Domingos, da associação Braga Ciclável.

O elevado número de atropelamentos que têm ocorrido no concelho de Braga, nos últimos anos, é uma das razões, apontadas por Arnaldo Pires, que levaram à criação do movimento cívico #BragaZeroAtropelamentos. O médico alertou para a necessidade de as zonas envolventes das escolas terem passadeiras e passeios em boas condições e para que as velocidades de circulação praticadas não sejam um risco para os jovens. Além disso, referiu a necessidade de criar vias segregadas para se fazerem deslocações a pé de de bicicleta em segurança.

Neste sentido, com o objetivo de desenvolver a autonomia pessoal dos alunos, o movimento pretende criar as condições de segurança necessárias para que os mais novos consigam chegar às escolas pelos seus próprios meios. 

A Braga Ciclável esclareceu, em comunicado, que é importante identificar pontos negativos e pensar em possíveis reabilitações. Para tal, é necessário que sejam analisados os dados referentes aos atropelamentos. Contudo, há limitações jurídicas que, segundo Altino Bessa, do CDS-PP, não devem ser postas de parte. Exemplo disso, é o facto das vias a intervencionar não estarem ligadas ao município, mas sim às Infraestruturas de Portugal.

Braga não é “somente o centro histórico” e, de acordo com Mário Meireles, é necessário olhar para a cidade “de acordo com os limites geográficos”. De forma a reduzir a velocidade e o número de carros, uma das medidas a ser aplicada a todo o concelho é a criação de passadeiras visíveis e elevadas ao nível do passeio. Além disso, relembrou a necessidade de adaptar as rotundas para que tenham apenas uma via de trânsito em cada saída.

A associação tenciona reunir com todos os partidos e com outras instituições, a fim solucionar este problema. O movimento defende que o conselho deve seguir o exemplo de algumas cidades europeias e aliar-se à Visão Zero, uma campanha que pretende ter cidades sem atropelamentos.