Sabia que este dia ia chegar. Só não sabia quando e em que condições. Hoje assinala-se mais uma transição de direção do jornal feito exclusivamente por alunos do curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho. Trata-se de um processo habitual, repetido todos os anos, mas que é sempre novidade para quem sai e para quem entra no ComUM, nas mais diversas funções.
Para mim, para grande parte dos membros da direção e para vários redatores é o dia de dizer adeus a um projeto muito especial. Fazer parte deste jornal académico é fazer parte de algo diferente, de algo que se distingue dos demais meios de comunicação social pela experiência que dá a jovens aspirantes a jornalistas e a futuros profissionais da área.
No ComUM não há qualquer intervenção de professores nem de outro tipo de agente externo na gestão do jornal. Há ‘apenas’ a vontade de querer aprender e evoluir, a nível pessoal, e de tentar fazer com que este projeto se torne cada vez mais reconhecido, pela sua qualidade jornalística, no meio académico, na região e no país.
Ao longo dos anos, o ComUM tem crescido de forma sustentada, abrindo o leque de cobertura noticiosa – sem nunca esquecer que a base é a academia –, e, com isso, tem conseguido chegar a mais gente. Isto não seria possível sem o trabalho que tem sido feito por várias pessoas, desde o início do jornal, que, ano após ano, vão deixando as suas raízes, permitindo que haja essa evolução gradual.
O ComUM também é isso. Renova-se a cada ano. Há alunos que saem, por diversas razões – terminam o curso ou aparecem novos projetos – e há outros estudantes que entram. Aqui vem ao de cima o caráter formador do jornal.
É muito gratificante perceber que os alunos do primeiro ano da licenciatura em Ciências da Comunicação têm a experiência de escrever notícias em primeiro lugar no ComUM e só depois é que o fazem no curso propriamente dito, já que as unidades curriculares de jornalismo surgem a partir do segundo semestre.
Isto é um exemplo da importância que o ComUM tem na preparação dos alunos, não só para o mundo profissional, mas também para o próprio curso. Infelizmente, nem toda a gente que quer seguir jornalismo percebe isso, mas é um caminho que tem de se continuar a percorrer. Cabe também à direção do jornal captar a atenção e motivar os colegas a fazer parte deste jornal. Ganham todos.
Com a chegada ao fim do mandato 2018/2019 dos membros que integraram o ComUM, é a altura de dar as boas vindas à nova direção, que tenho a certeza que será capaz de continuar a fazer evoluir este projeto, com determinação e o sentido de responsabilidade necessário.
O Pedro Oliveira, como diretor, e a Cátia Barros, como sub-diretora, ao lado de uma renovada equipa de editores e de um novo departamento de comunicação, são a partir de agora os responsáveis por estar à frente daquele que é considerado o melhor jornal académico do país (não sou só eu que o digo). Para eles e para todas as pessoas que permanecem e que vão entrar no projeto, a melhor sorte e o desejo de maior sucesso para o ComUM. Todos são importantes.
Quanto a quem sai, quero agradecer todas as horas despendidas, todo o empenho e toda a disponibilidade que demonstraram. Tenho a certeza que o período que estiveram no jornal vai refletir-se, de forma bastante positiva, no mundo profissional. Além disso, os vossos esforços nunca serão esquecidos nesta casa. Fazem parte da história do ComUM.
Para terminar, a nível pessoal, gostava de dizer, neste momento de despedida, que os três anos que dediquei ao ComUM foram a experiência mais enriquecedora que tive em termos académicos. Dei muito de mim ao ComUM. No entanto, não é comparável com aquilo que o ComUM me deu a mim. Estarei eternamente grato. Vai deixar saudades…