Decorre de 17 de julho a 6 de agosto a 1ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior. A Uniarea, Inspiring Future e UniHelp surgem como plataformas digitais de esclarecimento de dúvidas dos estudantes.

A apresentação da candidatura à 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior ocorre de 17 de julho a 6 de agosto. De modo a simplificar o processo de candidatura, a Direção Geral do Ensino Superior (DGES) faculta um sistema totalmente online. No entanto, as dúvidas sobre as inscrições persistem.

Os estudantes que se pretenderem candidatar ao ensino superior público devem pedir uma senha de acesso ao sistema de candidatura online e apresentar o recibo do pedido de atribuição de senha na escola secundária onde se inscreveram para os exames nacionais. As senhas de acesso são enviadas no mês de maio para os endereços de correio eletrónico fornecidos pelos estudantes. Após a atribuição, a senha poderá ser utilizada em qualquer uma das fases de candidatura.

Na 1.ª fase do concurso, existem contingentes especiais de vagas destinados a candidatos provenientes das regiões autónomas (Açores e Madeira), candidatos emigrantes portugueses e seus familiares, candidatos que prestaram ou se encontrem a prestar serviço militar efetivo e candidatos com necessidades especiais. Na 2.ª fase do concurso apenas existe o contingente especial para o último caso. Os estudantes que não reúnam as condições de apresentação à 1.ª fase da candidatura apenas podem apresentar-se à 2.ª fase da candidatura e/ou à 3.ª fase.

Além dos contingentes especiais, é importante ter em consideração os pré-requisitos, isto é, “condições de natureza física, funcional ou vocacional que assumem particular relevância para o acesso a determinados cursos do ensino superior”. Estes aspetos são definidos por cada instituição e assumem-se decisivos no processo de seleção. Dependendo do curso, alguns pré-requisitos são a comunicação interpessoal; a aptidão funcional, física e desportiva; e a aptidão musical.

De acordo com a DGES, existem dez áreas de estudo dispersas por todo o país: Ciências; Saúde; Tecnologias; Agricultura e Recursos Naturais; Arquitetura, Artes Plásticas e Design; Ciências da Educação e Formação de Professores; Direito, Ciências Sociais e Serviços; Economia, Gestão e Contabilidade; Humanidades, Secretariado e Tradução; e Educação Física, Desporto e Artes do Espetáculo. Cada curso das diferentes áreas apresenta provas de ingresso estipuladas, nota mínima de admissão e um número limite de vagas.

Dependendo do curso, o estudante terá opção de escolha dentro de um conjunto de exames. A fórmula de cálculo de nota mínima de admissão e o número limite de vagas será imposto por cada uma das instituições.

Além da DGES, existem outras plataformas online que dão respostas às dúvidas dos alunos que pretendem ingressar no ensino superior, entre eles: Uniarea, Inspiring Future e UniHelpA Uniarea promete “capacitar os alunos a tomar melhores decisões, com vista à sua realização pessoal e à concretização dos seus sonhos”. Em semelhança, o Inspiring Future pretende “combater o desemprego jovem e jovens em situação NEET (Not in Education, Employment and Training), satisfazer as necessidades do mercado empregador e impulsionar a economia com uma mentalidade mais empreendedora e positiva”.

Já a UniHelp, uma das mais recentes, “é um projeto que nasceu com o intuito de ajudar os alunos do ensino secundário a esclarecer as dúvidas que possam ter relativamente ao Ensino Superior. Faltava a ligação entre os alunos e a informação, entre as perguntas e as respostas, e foi então que decidi fazer uma publicação no Facebook e no Instagram a falar sobre a minha intenção de criar este projeto e tentar mudar as coisas.” Esclareceu, em declarações ao ComUM, João Martins, ex-estudante da Universidade do Minho e membro da UniHelp.

Perante a lacuna na informação, jovens de todo o país, estudantes ou recém-formados, juntaram-se à causa. Segundo João Martins, este é um projeto que “tem vindo a crescer a olhos vistos”, existindo já várias escolas a apoiarem o projeto. Além disso, acrescentou que o projeto apresenta três vertentes distintas, “palestra on-site ou on-line com turmas ou grupos,interação 1on1 e  fórum.” Ainda assim, a interação 1on1 apresenta-se como a mais solicitada. O antigo aluno da academia minhota explica que o mesmo se deve à capacidade imediata de resposta  e, uma vez que, “as pessoas procuram proximidade, e a interação o mais pessoal possível”.

Bruna Sousa e Isabel Marques