Do Bira ao Samba é o festival organizado pelos Bomboémia e pela ARCUM que promete na quinta edição trazer novidades e diversidade.
A quinta edição do festival decorre entre os dias 2 e 3 de agosto na Avenida Central. Do Bira ao Samba oferece à cidade de Braga um Carnaval fora de época, que tem como objetivo promover “maior diversidade cultural e maior representatividade das culturas, não só na música mas também noutras artes performativas”.
Soraia Guerra, representante dos Bomboémia, explica não só os objetivos culturais da edição de 2019, mas também as preocupações e causas sociais que estão espelhadas no festival. A representante do Grupo de Percussão da Universidade do Minho acredita que o “projeto, ano após ano, tem vindo a crescer bastante. Não só no público, mas também nos apoios e nas entidades que estão entusiasmadas com o trabalho desenvolvido.” O Do Bira ao Samba “promete cumprir os objetivos e superar as expectativas”.
O projeto, organizado em parceria pelos Bomboémia e a ARCUM, traz pela primeira vez os copos reutilizáveis, visto que “o festival é organizado por jovens preocupados com o aquecimento global, a questão ambiental e a sustentabilidade”. A quinta edição engloba uma causa social numa associação com a Cruz Vermelha Portuguesa. A colaboração reflete-se “em projetos de inclusão social, dinamização cultural e desenvolvimento pessoal de duas comunidades de crianças e jovens ciganas”. Para tal, a iniciativa caracteriza-se pela apresentação de algumas das atividades da ARCUM às crianças e jovens dos projetos Geração Tecla e do Centro Comunitário de Prado. O ponto fulcral é “levar a música e a pintura de azulejos, pretendendo que as crianças se consigam expressar através” destas artes. “Posteriormente os azulejos estarão exibidos durante todo o festival e vão poder ser adquiridos por quem quiser. O montante angariado reverterá para esta causa.”
Vicente Costa, diretor dos Bomboémia, explicou todo o programa da quinta edição do Do Bira ao Samba e destacou os conjuntos “que vêm de Espanha e da Alemanha, que são grupos que confirmam também a internacionalização do festival”. Do Bira ao Samba distingue-se por presentear a cidade bracarense com duas culturas tão distintas, dedicando-se no primeiro dia à portuguesa e no segundo à brasileira.
No dia 2 de agosto são apresentados workshops de Viola Braguesa e do Jogo do Pau. No primeiro dia de festival ocorre o Arraial Minhoto onde participa a Rusga de S. Vicente, a Tun’ao Minho, a Tuna Universitária do Minho e os Pauliteiros de Miranda de OUP. O palco principal é inaugurado pelos Bomboémia. No dia 3 de agosto há workshops de Maculelê e de Samba Pop. Como momento alto do festival realiza-se o Monumental Cortejo de Carnaval Fora d’Época, que se inicia no Arco da Porta Nova e se prolonga até à Avenida Central.
Para terminar, a Vereadora Sameiro Araújo sublinhou a importância que o projeto teve na eleição de Braga como Capital Ibero-Americana da Juventude. A Vereadora da Câmara realça também que “o município está muito contente com o festival e o apoia desde a primeira hora.” Não só, mas também “por ser um dos legados da Capital Ibero-Americana da Juventude”. A expectativa é que “o público corresponda como tem correspondido em anos anteriores”.
Do Bira ao Samba começa na próxima sexta-feira e promete um Carnaval fora d’época, à altura das edições anteriores. Contudo, na ambição de mais novidades e maior diversidade.