O início do percurso universitário não é nada fácil para ninguém, principalmente nas primeiras semanas. Toda a azáfama de nos inscrevermos, enquanto somos bombardeados por todas as atividades académicas possíveis e imaginárias. Toda a dor de cabeça para entender os locais mais importantes da universidade. Todas as pessoas novas que conhecemos e com quem interagimos.

Até que, a certa altura, chegamos a um ponto em que nos sentimos em casa. Para alguns, pode ser a universidade, para certas pessoas o curso e para outras a praxe. Mas, para mim, essa casa é o ComUM. É onde sinto que todo o trabalho e esforço é retribuido, onde sou desafiado todos os dias para fazer mais e melhor e é onde me encontro a mim mesmo.

Antes de entrar na universidade, não sabia bem o que queria. Sei que queria algo que estivesse ligado à comunicação, mas, como é um campo muito vasto, não tinha bem a certeza o quê. À segunda tentativa, e após um ano em Aveiro, entrei em Ciências da Comunicação na Universidade do Minho, sem saber bem para o que vinha. Senti que estava onde sempre quis estar, mas não percebia porquê.

Até que, na apresentação do curso e das oportunidades que fornece, foi apresentado o ComUM pelo diretor da altura, João Pedro Quesado. Decidi inscrever-me porque achava que era capaz de gostar e de escrever acerca de coisas que me interessavam. Mal sabia eu que tinha descoberto o porquê de ter vindo para este curso.

Entrar no ComUM permitiu-me descobrir o amor que tenho pelo jornalismo. Fez-me perceber que tenho uma voz e que ela importa. Para além disso, permitiu-me ver que muitos jovens voluntários, como é o caso dos estudantes que fazem parte do ComUM, conseguem ser mais rigorosos e profissionais do que muitos jornalistas de outros órgãos de comunicação social. Dessa forma, sei que tomar as rédeas do melhor jornal académico do país não é tarefa fácil. Como diz o tio Ben para o Homem-Aranha: “Com grande poder vem grande responsabilidade.”

Devemos sempre tentar chegar mais alto e fazer coisas que nunca fizemos, mas, ao mesmo tempo, temos de ter sempre os pés bem assentes na terra. Nunca nos devemos esquecer de como o ComUM chegou onde chegou, a mostrar que, embora seja completamente gerido por alunos, é capaz de produzir bom jornalismo, assente nos valores corretos de verdade, factualidade, objetividade e imparcialidade.

O ComUM é a casa de muita gente e sempre será o ponto de partida para aspirantes a jornalistas. Por isso, tal como foi feito durante os 13 (quase 14) anos de existência do nosso jornal, devemos sempre lembrar-nos das bases e das lições que aprendemos. Só assim conseguimos formar os melhores profissionais possíveis, capazes de provar que ainda se faz jornalismo de qualidade.