A Universidade do Minho vai passar a realizar o processamento de dados do Air Centre através da nova unidade de supercomputação, sediada em Riba de Ave.

O supercomputador “Bob” foi inaugurado esta sexta-feira, juntamente com o Centro de Computação Avançada do Minho (MACC), onde vai ser instalado. A unidade foi anunciada em 2017 e é capaz de aumentar “em dez vezes a capacidade nacional de computação”.

“Bob” consegue executar mil biliões de operações por segundo e vai estar ao serviço da comunidade científica nacional. Um computador normal não tem a capacidade de “Bob” para executar cálculos e simulações complexos. Para realizar as suas tarefas, pretende-se que o supercomputador funcione maioritariamente com fontes de energia renovável (eólica, fotovoltaica e hidroelétrica), visto que está fisicamente instalada no centro de dados da REN – Redes Energéticas Nacionais.

O equipamento vai servir para o processamento de dados do Centro de Investigação Internacional sobre o Atlântico nos Açores (AIR Centre), uma rede científica de vários países, com sede na ilha Terceira, para o estudo do clima, espaço e oceanos. Deste modo, o processamento do AIR Centre vai passar a ser realizado pela Universidade do Minho, em conjunto com a Universidade de Austin, Texas e o Centro de Supercomputação de Barcelona.

O computador, integrado na Rede Ibérica de Computação Avançada, vai apoiar ainda o desenvolvimento de aplicações na medicina personalizada, a conceção de medicamentos e materiais, a bioengenharia, a alteração climática e a previsão meteorológica.

Um segundo supercomputador, “Deucalion”, capaz de executar 10 mil biliões de operações por segundo, vai ser instalado até ao final de 2020, no âmbito da EuroHPC – Empresa Comum Europeia para a Computação a Computação de Alto Desempenho.