Ibiza é uma comédia francesa, escrita e dirigida por Arnaud Lemort. A história é previsível e as partes cómicas não são de chorar a rir. No entanto, pela ágil e fluída direção, acaba por nos manter agarrados ao ecrã e com um sorriso nos lábios o filme inteiro.
O filme conta-nos as peripécias de Philippe e Carole, um par de namorados, acompanhados pelos filhos dela, numa viagem à “ilha que nunca dorme”. É protagonizado pelo aclamado ator Christian Clavier e por Mathilde Seigner.
Julien e Manon acham Philippe (Christian Clavier), por ser mais velho, um homem aborrecido. Passam, portanto, o tempo todo a gozar com ele. Disposto a tudo para conquistar os filhos de Carole (Mathilde Seigner), Philippe desafia o rapaz: se Julien passar no exame final, pode escolher o destino de férias da família. A escolha do adolescente é, então, Ibiza. Durante o verão, a família acaba por se envolver em aventuras que nunca lhes passaram pela cabeça.
Ibiza não surpreende ninguém. Desde que nos é dito que os filhos não gostam do novo namorado da mãe e que vão juntos de férias, sabemos que vai acontecer algo que irá unir a família e pôr o namorado em boas graças. Porém, a história flui de forma natural e a um ritmo apropriado, o que não nos deixa cair no aborrecimento.
No que toca à caracterização, Philippe é a personagem melhor escrita e com maior densidade psicológica. Christian Clavier teve uma performance irrepreensível, dando vida à personagem, mas também ao filme. Acaba por ser ele o elemento que sustenta a obra. O desenvolvimento de Carole, Julien e Manon foi muito fraco, o que conferiu pouquíssima cor à história.
A comédia ficou um pouco aquém do esperado. No entanto, consegue pôr-nos a sorrir o tempo todo e é um filme agradável de se ver. É de reforçar, novamente, a representação de Christian Clavier. Sem ele, os momentos chave e mais engraçados do filme poderiam facilmente não ter sido bem sucedidos.