A Associação Académica da academia minhota critica a “falta de planeamento dos governos” e os aumentos sucessivos dos custos indiretos da frequência no Ensino Superior.
O Conselho de Ação Social da Universidade do Minho tem vindo a conter o impacto dos custos indiretos, como o alojamento e a alimentação. Na semana passada, foi publicada uma atualização do Plano Nacional de Alojamento no Ensino Superior (PNAES), em que o Governo conseguiu criar mais seis camas para os estudantes das cidades de Braga e Guimarães.
A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) e, ainda, uma estudante bolseira, consideram a notícia “anedótica”. Depois de várias sugestões e declarações por parte de associações académicas e mesmo de Instituições de Ensino Superior acerca do problema do alojamento estudantil, a atualização do PNAES mostra que se está num estado de emergência.
Para além disso, o valor da senha de refeição individual aumentou para 2,70€, sendo que o pack subiu para 25€ (2,50€ cada uma). O valor máximo de uma senha individual permitido por lei é de 2,75€, pelo que os Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM) não o aplicam, na tentativa de reduzir o efeito negativo para os estudantes.
A Associação Académica da Universidade do Minho discorda destes aumentos. Visto que o valor das propinas foi reduzido, “não é justo” que em situações como a habitação e a alimentação, os estudantes e as famílias sejam “consistentemente chamados a contribuir indiretamente pela falta de compromisso do Estado para com a Ação Social Escolar no Ensino Superior”.
Na próxima segunda-feira, a AAUM vai debater o problema do alojamento estudantil. A conferência de imprensa vai decorrer junto à Estátua do Prometeu, no Campus de Gualtar da Universidade do Minho, às 12h00.