São mais de 120 milhões de discos vendidos por todo o mundo, 20 Grammys, quatro American Music Awards e até um Óscar. Passou pelo Folk, andou à volta do Country, tornou-se lenda do Rock e chegou até ao cinema. Eis a vida e obra de Bruce Springsteen.
Bruce Frederick Joseph Springsteen nasceu em Long Branch, neste dia, há 70 anos. Filho de pai com descendência irlandesa e holandesa e de mãe italiana, Bruce foi crescendo em algumas cidades do estado de Nova Jérsia. Aos 16 anos, juntou-se a um grupo de jovens formando o grupo The Castiles, dando início à sua longa e marcante carreira.
Foi um crescimento lento e repleto de mudanças. Depois dos The Castiles vieram os Earth, Steall Mill, Dr. Zoom & The Sonic Boom, Sundance Blues Band e The Bruce Springsteen Band. O início de carreira foi feito, como à semelhança de tantos outros artistas, na terra natal, tocando em escolas e bares locais. No final dos anos 60, Bruce era conhecido como The Boss, e o seu talento começava a ser grande demais para a sua cidade.
A ascensão deste artista tem um ponto de partida assente aquando da assinatura do contrato com a Columbia Records. Springsteen formou a E Street Band e lançou o seu primeiro trabalho a nível profissional. As vendas de Greetings From Asbury Park não foram significativas, mas o álbum recebeu boas críticas. Com uma ligação ao estilo de Folk, o trabalho de estreia de Springsteen tinha influências da música de Bob Dylan.
Em 1975, chegou a explosão que já se esperava. O álbum Born To Run chegou ao terceiro lugar de vendas nos Estados Unidos e atirou Springsteen para a ribalta. Este terá sido o ponto de viragem na carreira do artista que, a partir daí, se foi afirmando como um nome incontornável da história da música norte-americana e mundial.
Nos anos seguintes, Bruce continuou o seu trabalho e afirmou-se no panorama musical da altura. Darkness on the Edge Of Town, The River e Nebraska são os títulos dos álbuns de estúdio de Springsteen lançados entre 1977 e 1982. Este último foi mesmo considerado Álbum do Ano para a revista Rolling Stone.
Em 1985, Bruce deu mais um enorme passo rumo àquilo que é hoje. O lançamento de Born In The U.S.A. superou todas as expectativas e alcançou números impressionantes: 15 milhões de cópias vendidas, só nos Estados Unidos. O hit, com o mesmo nome do disco, é ainda hoje considerado um hino da altura, dada a popularidade que alcançou. O nacionalismo presente no álbum foi alvo de crítica, mas foi também de louvar a preocupação que Springsteen demostrou face à guerra do Vietname.
Nesse mesmo ano, aceitou o convite para participar no projeto musical que visava apelar à ajuda para combater a fome e a desigualdade em África. Assim, ao lado de artistas como Michael Jackson, Bob Dylan, Lionel Richie, Stevie Wonder, Tina Turner, Diana Ross e Ray Charles, foi criado o tema We Are The World.
Depois de ter chegado ao topo, o norte americano foi continuando a sua carreira, com mais discos, tours, e outros eventos. Com mais ou menos sucesso, o artista continua, ainda hoje, a ser bem conhecido por todo o mundo. O seu nome tornou-se imortal em 1999 quando Springsteen passou a constar na lista do Rock and Roll Hall of Fame.
O mais recente trabalho do aclamado músico é Western Stars, lançado em junho deste ano. A par do projeto musical, Bruce estreou, recentemente, um filme com o mesmo nome, no qual participa como co-diretor, juntamente com Thom Zimny.
Com um total de 20 álbuns de estúdio e ainda a contar, Bruce Springsteen é, sem dúvida, um nome incontornável da história da música. Os adultos não esquecem como a sua juventude ficou marcada pela música de The Boss.
Bruce marcou gerações do século passado e é mais um talento irrepetível que construiu uma carreira imponente. Hoje em dia, continua a aumentar o seu legado, embora mais longe do seu auge.